sábado, 27 de dezembro de 2008

Preserve a vida e muita esperança em 2009


Ao abordar certos assuntos desagradáveis durante este ano de 2008, este blog talvez tenha sido controverso em relação ao seu propósito inicial, ao seu próprio título. E, convenhamos, temas desagradáveis para algumas pessoas que não se importam com coisa alguma que ocorre neste mundo, desde que não atinja a elas. Todavia, este mesmo blog quer insistir que essa vida é muito boa, apenas com um ligeiro detalhe: “que coisa boa essa vida” se torna ou pode se tornar, depende unicamente de cada um de nós, do modo como se encara o dia a dia, da maneira como se relaciona cada ser humano com o outro ser, independentemente de quem este último é. Resumindo, respeito ao semelhante é fundamental.

Assim, no momento em que este ano se encerra, não é preciso se dizer muita coisa. Ou melhor, não vamos perder tempo repetindo ou tentando mostrar os problemas do dia a dia que já se tornaram corriqueiros e por que não afirmar, comuns no nosso caos cotidiano.

Toda aflição do ser humano está relacionada com perdas. Todas as espécies de perdas. Este desespero faz parte da alma humana.

Por isso, no limiar de 2009, este blog vai deixar uma simples mensagem de Ano Novo para todos os seus leitores.

Mesmo que algumas perdas se tornem inevitáveis, motivadas por este estado de coisas globalizado ou mesmo por ações individuais, lute com todas as suas forças para manter a sua vida. Preserve-a. Nunca a perca de vista. Mas, sobretudo, não perca a fé em tudo de bom e a esperança de dias melhores.

A velha sabedoria popular, que já está ficando apagada pelo tempo, já dizia: “A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE”.

Este blog, pois, deseja que todos permaneçam no rumo da vida e que jamais percam a esperança de viverem melhor.
ATÉ 2009. Com dias melhores a gente deseja, embora sabendo que eles não vão cair do céu. Abraços, uma boa virada como se diz, mas cuide que não seja de bruços!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Uma sapatada na barata

Pode não ter sido politicamente correto, pode ter ferido a ética do profissional de jornalismo, mas seria cômico, se não fosse sério. O Presidente dos Estados Unidos quase levou uma sapatada no meio da cara. Poderia ter sido duas. Mas, o “amigo” Bush ainda está com os reflexos bons. Conseguiu se desviar. E o jornalista iraquiano, mesmo detido pelos seguranças, certamente terá seu nome incluído na história do mundo.
De vez em quando aparece alguém com a coragem suficiente para cometer um ato semelhante. Faz lembrar pouco tempo atrás, quando um nome importante do nosso cenário nacional levou umas bengaladas na cabeça, no recinto do Congresso Nacional. Só não ficou de cuca rachada, porque os seus reflexos também funcionaram a tempo.
Feitos para calçar os pés, sapatos até então tiveram algumas outras serventias. Para dar um belo pontapé na bunda de alguém, por exemplo. Mas com certeza, sua utilidade mais destrutiva foi para matar baratas. Bichinho nojento que só morre mesmo com uma boa sapatada. Neste século 21, o jornalista do Iraque provavelmente quis inventar uma nova função para tão útil objeto do vestuário. Não restam dúvidas de que menos violenta. Muito melhor que tiros e o sujeito alvo pode criar um trauma que o fará andar descalço para o resto da vida. Se a moda pegar...

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A nova e "divertida" modalidade na área educacional

“A culpa é de quem?” – pergunta a repórter a uma autoridade de Brasília. Falava-se sobre a violência nas escolas da capital federal e porque não dizer das demais cidades brasileiras. Agora, além do desrespeito aos professores, das ameaças em salas de aula, há também uma nova e “divertida” modalidade de violência na área educacional. São as brigas entre alunos, moças ou rapazes, num corpo a corpo onde vale tudo, filmadas pelos celulares dos próprios colegas, com o objetivo de se colocar na internet. Pesquise em seu computador ou veja os noticiários diários.
Ora, é a época, dirão alguns. É o mundo moderno, dirão muitos. Deve ser. Que fazer? Alguns anos atrás, escolas eram os lugares onde os alunos iam receber instrução, educação, disciplina. Houve tempo em que se ensinava, mesmo que em ligeiras pinceladas, civismo, respeito às pessoas e ao País, além, obviamente, das matérias previstas no currículo escolar. Os alunos, antes de entrarem em sala de aula, formavam diante da bandeira nacional, por ordem de idade ou de altura. Em muitos estabelecimentos de ensino havia ainda a execução do hino nacional. Havia noção de Pátria, os estudantes conheciam pelo menos um pouco dos hinos da independência e da bandeira. Os mais irrequietos, irreverentes, sempre eram punidos pelo mau exemplo que davam, se não obedecessem às determinações dos professores e da diretoria. Estes já não ganhavam bem no final do mês, mas eram respeitados pelos alunos, nem que fosse por meio de punições. Dizia-se “não” aos alunos bagunceiros.
Mas, como o tempo não pára, o mundo girou muito e tudo mudou. Dependendo dos valores que cada um tem na cabeça, mudou para pior ou para melhor. Por enquanto, é o que temos, é o quadro que estamos vendo diante dos nossos olhos, sejamos velhos ou mesmo jovens. As pessoas sem tempo, correndo atrás do dinheiro para a sobrevivência, com raros momentos para conversar com os filhos. E alguns ainda conseguem esses raros momentos. E mesmo os filhos que têm o diálogo em casa, não podem deixar de ir ao colégio onde irão reunir-se com os demais colegas, para assistir ou participar até mesmo das violências escolares.
Há muito que a droga também chegou à escola e com ela o restante de atos e fatos que a fazem fugir da sua finalidade principal. E o importante Ministério da Educação, o que tem feito nos últimos anos para administrar essa questão, essa grande mudança no ensino nacional que deve aterrorizar muitos pais e professores e, claro, muitos alunos? Tudo aponta para a desvalorização do ensino, da educação brasileira. Por mais que esse ministério tente fazer, ou pelo menos diz fazer para melhorar a qualidade do ensino. Já não basta, a desvalorização dos professores, dos próprios currículos escolares frágeis, no que exigem dos alunos atualmente, das faltas de vagas para atender à demanda da crescente população brasileira? Nos últimos anos, a educação que se deu ao País, a cultura do respeito aos mais velhos, ao semelhante, é esta que vemos adentrar nas escolas hoje, a ponto até mesmo de tirar sangue de pessoas?
Pode ser que tudo isto seja mesmo parte do mundo louco de hoje em dia. Mas se for, pelo amor de Deus, cidadão de bem, pegue o primeiro trem para Marte ou para Júpiter. Aqui, está ficando feio o troço! Não custa repetir que falta educação de verdade, séria, que leva o povo a uma cultura mais elevada. Falta competência para planejar isto, ou é mesmo aquela velha história de se deixar o povo burro, puxando carroça eternamente? É mesmo o velho jogo do poder, que privilegia poucos e deixa a maioria como serviçais subservientes? Se assim for, é mesmo um poder velho, de tão velho está podre, e que se arrasta há mais de cem anos.
Seja lá o que for, a violência nas escolas está imperando. E a falta de educação generalizada também, como parte principal de todo o processo. Já virou um verdadeiro buraco negro. Um buraco que só vai clarear com muito planejamento competente, muito dinheiro dos recursos públicos que vêm do povo, não custa repetir, e, para resumir, com muita vontade política, com muito desprendimento, com muito desejo de fazer o bem ao Brasil. Utopia?
Enquanto as coisas não acontecerem para o verdadeiro crescimento da educação, mamães e pais podem ir se preparando para um futuro breve, louco neste País. Não será para ninguém cair de costas, se mais adiante os alunos não incorporarem de vez, armamentos em seus materiais escolares. E as mãezinhas perguntarão aos seus filhinhos: “não se esqueça do fuzil, meu filhote!” Nesse ponto, as lancheiras com o sanduíche ou o dinheiro para o lanche na cantina escolar, não terão mais a menor importância.