quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Educação é luz no fim do imenso túnel

Muitos, que vivem em melhores condições financeiras e sociais, gostariam de ver o Brasil caminhar para um processo de verdadeiro crescimento mental, cultural e espiritual. Não basta só o crescimento econômico para que a população tenha uma vida digna e de qualidade. Para que tenha os princípios fundamentais da convivência social e pacífica. Precisamos muito mais do que crescimento econômico. Todos nós gostaríamos, excetuando-se os egoístas, de ver a população brasileira com seus direitos constitucionais realmente garantidos. Cidadania plena, com direitos a chances, a oportunidades para conquistas sem levar rasteiras por conta de privilégios descabidos que se fazem por aí afora e que só beneficiam amigos e amigos dos amigos. Isto sem esquecer os deveres que a cidadania também impõe.
Igualdades e repartições de rendas são coisas impossíveis de serem praticadas, num mundo em que até a natureza nos mostra diferenças incríveis em suas criações. E com o ser humano isto não poderia ser diferente. Distribuição de dinheiro só com o Silvio Santos e seus pequeninos aviões feitos com notas de 20 ou 50 reais e lançados às “colegas de trabalho”. Mas é possível existirem chances iguais para todos, aonde vai se destacar aquele que busca o conhecimento esforça-se e trabalha e que possui talento nato para isto ou para aquilo. Para isso, basta uma coisa chamada de vontade política e que não depende apenas do poder. Todavia, sabemos que, dentro da nossa cultura, não é assim que as coisas funcionam.
Poucos enxergaram ou sentiram a verdade dos fatos que aconteceram nos últimos anos no cotidiano do país. E sempre é bom ressalvar que em anos mais anteriores muitas coisas também ficaram no plano da ilusão e da fantasia, ou seja, a gente poderia trocar uns por outros e não precisaria receber troco. Nos últimos anos, tudo tem sido farinha do mesmo saco. No cenário nacional, alguns personagens morreram, outros foram substituídos, embora também tenham seguido o mesmo script de sempre. Script velho, arcaico. Resumindo, "nunca na história deste país", houve alguém ou alguma equipe política que, de verdade, conseguisse modificar para sempre as péssimas condições das ações básicas ainda muito necessárias ao Brasil. A educação, a saúde, o transporte, o trabalho, parecem não ter dado dois passos para frente em mais de meio século. Ao contrário, a população cresceu vertiginosamente e, com esse aumento, os problemas também aumentaram. No mínimo essas ações deram umas topadas, que as fizeram ir um pouco adiante. Num rápido e curto exemplo, poderíamos dizer que as escolas aumentaram em número, mas não em qualidade de ensino. O número de alunos, que se formaram, cresceu. Mas cresceu também o número de pessoas que, embora tenham freqüentado escolas, não tem o mínimo domínio da língua portuguesa. Escrevem e falam de modo errado. Afora outros conhecimentos importantes para a vida e que não conhecem.
Os últimos períodos da história brasileira provavelmente só podem ser vistos, como de verdade aconteceram, por sociólogos, cientistas políticos, historiadores e outras pessoas de sensibilidade extrema, que podem melhor distinguir o que de fato foi verdade daquilo que foi falso, mentiroso. Os demais certamente sempre foram engolidos por um violento processo de propaganda e marketing, muito bem trabalhado para enganar os incautos. Ou foram levados pelo inocente fanatismo desenfreado na esperança de dias melhores.
Sempre chega o dia em que a gente consegue enxergar, as pessoas conseguem enxergar, toda a infeliz engrenagem política que ainda move este Brasil. Engrenagem que somente a Educação e a Cultura para todos poderá destravar a tranca que ainda nos mantêm atolados no mundo da fantasia. Chegará esse dia? Enquanto não chega, não há outro remédio a não ser mergulhar na ignorância das massas e conviver com isso. Ignorância que, paradoxalmente, faz o povo feliz. Qualquer outra coisa, ou é utopia ou é demagogia. Afora isso, só arregaçar as mangas da camisa e trabalhar muito pelo conserto. Muito. Todos, a começar pelos governantes para darem o maior exemplo.


Na fé de dias melhores, UM EXCELENTE 2011 PARA TODOS!

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