Iniciamos o segundo semestre de 2009. Tudo muito rapidinho, como rapidinha está sendo a vida. Esta mesma vida que, a cada minuto, fica desvalorizada. Sem profecias do apocalipse, a vida humana está por um fio. Tal qual a vida do planeta na qual ela está inserida. E nem precisamos repetir aqui o nome do culpado por tudo isto. Isto mesmo, aquele que tem o livre arbítrio para o bem e para o mal. E que depois chama por Deus para resolver o problema causado.
Deixemos Deus, o Criador, por fora disso. ELE já se ocupou muito com a criação de tudo e, certamente, espalhado pela imensidão do Universo, tem muito que fazer eternamente. Aliás, é um Criador de maravilhas que, obviamente, sempre esteve muito ocupado para desvios das ocupações mais importantes e atender prontamente os gritos e chamados tresloucados daqueles a quem deu vida animada.
Claro que nada acabará assim... BOOOMMM!!! De uma hora para outra. Os que ainda estamos por aqui, com certeza veremos muita água rolar por baixo da ponte. Nem que seja água suja. Suja das “porcariadas” que por aqui fazemos. Coitado do porquinho! Que carma !
Mas, é assim. Nessa correria em que vivemos, sem saber aonde chegaremos, não temos tempo para nada mesmo. Pensar então, nem pensar !
Aquele ali está ocupado com a compra do carro novo. Tem que correr atrás do dinheiro. Não tem tempo pra família, para os filhos, para ouvir ninguém. O outro tem dez filhos, que fez um em cada mulher que conheceu, e está extremamente preocupado como fazer para não ser preso se não pagar a pensão alimentícia. O coleguinha ali ao lado, está bêbado ao volante, cagando e andando para a lei seca. Ele quer esquecer a raiva que tem de estar casado com aquela mulher chata. Não era aquilo que ele queria para ele viver. Então, o negócio é correr com o carro, numa tentativa de fuga, e matar uma meia dúzia que passar pela frente dele.
A vizinha, tal qual a personagem Melissa, da atual novela Caminho das Índias, está preocupada com seus cremes e ginásticas. O corpo acima de tudo. Ela não tem tempo para saber se o filho está se drogando ou por onde ele anda. O que importa é ir para Paris. Bem, até agora os exemplos são relacionados com aqueles que sobrevivem melhor e tentam se inserir num contexto muitas vezes impossível. Mas e o povão, não está correndo muito também? Claro que está. Correndo ao contrário da fome ou da doença. Na melhor das hipóteses, correndo atrás de um emprego ou da efetivação do resultado de um concurso público.
Com essa correria, tudo corre também. Até o vento tem pressa de chegar a algum lugar. Só que, este mesmo vento, numa correria, pode espalhar a destruição.
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