O dia a dia de todos nós. Os fatos que ocorrem. O exercício da cidadania. A qualidade das relações humanas. Educação, que gera respeito para que o cidadão exija seus direitos e cumpra seus deveres.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Com inteligência tudo será melhor...
O exercício da cidadania começa pelo respeito às regras estabelecidas pela sociedade, respeito às regras da chamada boa educação e portanto o devido respeito ao próximo, aquele semelhante a nós, que, também como nós, deve cumprir com seus deveres de bom cidadão. Portanto, como todos devem saber, ou pelo menos deveriam saber,trata-se do cumprimento estrito dos direitos e deveres que norteiam uma verdadeira sociedade organizada e civilizada. Não sendo assim, tudo se resume a uma pseudo democracia, porque democracia não é necessariamente a arte de se falar o que se quer, a esmo. Porém, a arte de ser ouvido por todos, bem como saber ouvir. Uma troca de idéias civilizada, digamos assim.
As recentes manifestações de protesto que espoucaram pelo país afora, puderam, inicialmente, ter o objetivo pacífico de protestar por todas as coisas absurdas que ocorrem há anos e anos no meio social brasileiro. Todavia, talvez com o objetivo principal de esvaziá-las, pudemos assistir a um espetáculo possivelmente orquestrado, de badernas e vandalismo fora dos propósitos que as originaram. Os nossos jovens atuais, já amadurecidos certamente pelo privilégio da educação (porque isso no Brasil chega a ser um privilégio), revestidos pelos ideais naturais e o vigor também natural da juventude, certamente estavam encarnados pelo espírito da renovação, pelo espírito da mudança para melhor, pelo espírito do combate à safadeza reinante, sei lá, esta possivelmente por um século, pelo menos. Uma safadeza já integrada à cultura nacional e que torna esta uma coisa terrível, embora hajam outros ingredientes inseridos nela, que sejam verdadeiramente de grande valor.
Pois bem, as manifestações que teriam sido mais proveitosas para a sociedade, se fôssemos de fato uma Nação cuja maior parte das ações fossem destinadas ao bem coletivo, essas manifestações foram mais uma vez "controladas" e o seu melhor efeito, se houver isto, só poderá ser notado após a passagem de muitos e muitos longos anos. E por que? Porque de verdade falta-nos o verdadeiro exercício da cidadania. Os moradores das grandes cidades podem até ter uma noção do amplo sentido dessa palavra "cidadão", mas quem garante este entendimento para aqueles que vivem nos confins desse imenso território brasileiro?
Ser cidadão não é somente gritar Brasil bem alto nos dias dos grandes jogos de futebol ou se enrolar na bandeira nacional, o que também ocorre nos dias em que somos obrigados a ir às urnas para as eleições gerais desses nossos dirigentes. Nos países onde a cidadania é de fato exercida, as pessoas e obviamente os jovens locais também assistem futebol e outros esportes, vão ao cinema, às baladas, aos teatros, namoram, fazem sexo, trabalham, enfim, tudo aquilo que é inerente ao ser humano. Essas pessoas não vivem aprisionadas ou aquarteladas em suas cidades. A grande diferença é que elas exercem seus plenos direitos, cumprem seus deveres e tem a mais pura consciência daquilo tudo que absorveram em suas vidas, com uma boa educação básica, média e superior. Esta última nem é tão importante assim, apesar do seu valor na formação de um ser. A de base e a média, bem administradas, já são capazes de forjar um ser a buscar o conhecimento necessário para a sua qualidade de vida. Junte-se também a isso, tudo decorrente de uma boa base educacional, o importante tripé saúde, transporte e trabalho. E somente assim, tendo como ponto inicial a Educação, o ser pode estar apto a exercer o seu papel social mais importante, que é o exercicio pleno da cidadania.
Alguém me diga, isto acontece de verdade em nosso Brasil? Na verdade, há anos e anos atrás, nossos avós e pais, quando movidos pela dignidade dos seus trabalhos e por sua consciência dos honrados cidadãos que eram, já clamavam por mudanças, por renovações dentro da cultura política, digamos pelo menos estranha, que já reinava àquele tempo. Não desanimo os jovens de hoje, que como todos os jovens de sempre, em qualquer época, são sempre cheios dos melhores ideais para o seu país. A única coisa que não pode acontecer são banernas e vandalismo. Isto só deprecia mais ainda os patrimônios público e particular. E faz com que o processo de mudança política fique mais e mais distante de ter início.Não digo que sejam inválidos os movimentos atuais, digo apenas que não são dotados da eficácia necessária para "comover" nossos dirigentes a adotarem medidas de real valor. Afinal, eles também estão inseridos na cultura nacional ainda vigente.
No Brasil é muito comum a gente ouvir que "A voz do Povo é a voz de Deus". Quem sabe um dia isso poderá ser verdadeiro por aqui. Por que Deus é sobretudo Inteligência, Amor ao próximo, consciência plena do que está ao redor e em todas as partes, noção universal do que é direito e do que é dever! Por enquanto, a voz de Deus por aqui não está muito forte. Certamente ele grita por mais EDUCAÇÃO e por mais tudo que é necessário para a criação de dignos cidadãos. Tenho fé que um dia, em algum século adiante, a voz de Deus, ou a voz do Povo se faça realmente audível, alto e bom som. Sem badernas e sem vandalismos.
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Um comentário:
Boa Marcos. Você conhece o que é cidadania no exterior, sabe bem comparar. E como você diz, essa baderna pode ter sido uma forma de esvaziar o movimento. Problema é saber d quem foi o interesse.
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