quarta-feira, 28 de maio de 2008

Um iô iô gigante na cabeça da gente

Como espectador de alguns dos mais impressionantes absurdos nacionais, gostaria de saber exatamente, qual o conceito que os governantes fazem do seu povo. É apenas uma curiosidade particular. Às vezes tenho a sensação de que esse conceito passa pelo campo da ignorância, da falta de noção, de raciocínio, de memória. Talvez conceituem o povo como uma legião de idiotas sem cérebros. Tomara eu estar totalmente errado em minhas sensações e, ao contrário, que os senhores governantes tenham sido e sejam sempre pessoas imbuídas das melhores intenções para com os seus governados. Quem sabe eles sempre pensam com zelo no bem estar da população e estou sendo injusto? Afinal, agir para o bem seria o óbvio, pois é aquela quem lhes paga os salários e todos os demais benefícios inerentes aos seus imponentes cargos.
Todavia, quando tenho notícias do retorno de um imposto recentemente extinto, fica difícil não fazer cara de idiota. Essa tal de CSS – contribuição social para a saúde, no lugar da ex CPMF – contribuição provisória (ridículo este “provisória”) sobre movimentações financeiras, que durou anos. Vai começar tudo de novo. “É para a saúde”! Saúde do País. Será? A antiga também seria. Será que foi? Sorteiem aí três ou quatro hospitais públicos em qualquer lugar. Eles devem estar um “brinco” tanto nos equipamentos como nos atendimentos. E nem vamos falar de dengue ou de febre amarela.
É um discurso de vaivém. “C’est la même chose”, anteontem, ontem e amanhã. É um verdadeiro pingue pongue, ou melhor, um imenso iô iô na cabeça da gente, que nem aquela história “da água mole em pedra dura, que tanto bate até que fura”; Que coooisa!

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