sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Esses anexos maravilhosos


Recebo quase todos os dias, vários e-mails, com anexos maravilhosos que contêm mensagens lindas sobre as relações humanas e as melhores formas de encarar a vida. Alguns desses anexos são tão bonitos que não resisto. Guardo-os em uma pasta em meu computador, já criada para tal finalidade. Obviamente faço esse arquivo porque os textos e imagens são tão expressivos, que poderiam compor um incrível livro de receitas sobre como viver bem, do melhor modo com as pessoas e como encarar o lado bom, positivo da vida. Há belas imagens também, que certamente foram feitas em vários pontos do planeta. Aliás, ninguém pode mesmo dizer que neste mundo não existem lugares naturais fantásticos. Pena que a humanidade está tentando acabar com todos eles.
Ora, se fôssemos nos basear nesses anexos que recebemos, assim, do modo como descrevi, poderíamos quase afirmar que, os problemas das relações do homem com o mundo e com o próprio homem, estariam praticamente resolvidos. Mas, de qualquer forma, admiro o trabalho que algumas pessoas interessadas têm, em montar esses “slides show” que tentam passar, alguns com músicas surpreendentes de tão lindas, mensagens de bom viver, de paz, de amor para todos nós, que navegamos no mundo moderno da comunicação pela internet. Esse é o lado bom do mundo contemporâneo. Resta esperar apenas que nós, internautas, estejamos sensíveis a essas mensagens e, melhor, para colocá-las em prática.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Ser ágil, renovar é preciso!


Renovar é preciso. Sou consciente disso. Ontem, alguém me disse que sou provido de muita filosofia e pouca ação. Tudo bem. É uma opinião. De fato, talvez eu tenha a mania de pensar demais em coisas que muita gente, tenho certeza, não pensa. Mas, daí a não ter muita ação, fiquei a pensar.
Existem ações que, provavelmente, não aparecem. Ações que aparecem são geralmente especialidade de políticos raposas velhas. Tipo aquele negócio de não fazer obras de saneamento porque não aparecem. Esgotos, encanamentos, ficam debaixo da terra. Como colocar placas ou fazer discurso sobre uma coisa que ninguém está vendo? Podem ser também aquelas ações que a gente produz com dinheiro, ou então aquele negócio de botar a bunda na janela para aparecer.
De qualquer modo, sou sempre aberto a críticas ou sugestões. Mas não posso parar de observar, ver, ouvir e pensar sobre coisas que me rodeiam a vida toda. Pelo menos isso. Todavia, vou pensar muito sobre essa minha suposta falta de ação. E agir, claro, se for o caso.
Para começar, já venho agindo internamente, há muito tempo, no sentido de desenvolver a minha capacidade de amar. Confesso que nunca assimilei direito o que de fato é amor de verdade. Talvez tenha sido pouco ou muito egoísta ao longo da vida. Todavia, tenho certeza que já dei alguns passos adiante, no sentido de que “amar é doar-se a alguma coisa ou a alguém”. Sem cobrar nada em troca. É difícil, não?
No entanto, é fato que a gente precisa se renovar de tempos em tempos. Quem assim não o fizer, vira coisa de museu. Até porque a vida é constante mutação. E aí a gente tem que começar em nosso interior, para que, depois, possam surgir as ações que as pessoas em geral sempre esperam. Será que é isso? Se for assim, espero conseguir antes de morrer. Abraços.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O maior problema do mundo


Quem não tem problemas a enfrentar na vida? Com certeza todo homem tem, toda mulher tem. Uns mais, outros menos, mas todos têm.
Parece ser inerente ao Homem ser rodeado de problemas. Estes, de todas as naturezas possíveis. Quem sabe, poderíamos até dizer que os problemas é que movem o mundo. Uma vida fácil talvez fosse sem graça. Não é à toa que se diz por aí que o roteiro das prostitutas é o caminhar pela difícil vida fácil.
E de problemas de saúde, de dinheiro, de relacionamentos, de segurança, de trabalho, etc, etc, vamos caminhando pela vida sem lenço e sem documento, como já disse uma vez o poeta Caetano Veloso.
E haja problemas. Quando já não bastam os nossos, particulares, surgem outros, maiores, para nos atormentar ou nos colocar assustados. Problemas coletivos como os de tráfico de drogas, terrorismo, de catástrofes e outros, e mais outros, que culminam com o problema maior do Aquecimento Global. Uma verdadeira cascata de problemas, que, ainda bem, conseguimos segurar na cabeça sem afogar de vez.
Por analogia podemos dizer que o Planeta Terra é um planeta de problemas, muitos dos quais já insolúveis. E por simples dedução, obviamente, o maior problema do Homem não é o Aquecimento Global, mas o próprio Homem. O maior criador de problemas de todos os tempos. Um “problemão” sobre a face da Terra, que ainda tem a coragem de afirmar que a “estrada e a curva são perigosas”, que a cobra é “venenosa”, que a chuva causou “estragos”. Aos que curtem a natureza, arrisco-me a dar um pequeno conselho: aproveitem ao máximo a sombra das árvores, a beleza das flores e dos pássaros, o visual das matas que ainda restam, enquanto isto for possível. E se isto for possível até o dia em que cairmos fora do planeta, não esqueçamos de agradecer ao Cosmos o privilégio.

domingo, 17 de agosto de 2008

Mas que coooisa!

Um velho amigo meu, que não vejo há muitos anos – o Jair, costumava dizer uma expressão de espanto, quando ouvia algo, sabia de algo ou via alguma coisa que geralmente não tinha solução, ou pelo menos quando era de difícil solução. Ele simplesmente dizia: “Que coooisa”!
Como todo bom fotógrafo profissional, Jair revelava à época, não somente suas fotos, mas uma sensibilidade especial para encarar as coisas da vida. Era engraçado o seu jeito de falar o “que coisa” e a gente não tinha como não dar muitas risadas.
O título principal deste meu blog vem, obviamente, dessa expressão do meu amigo. Uma espécie de homenagem a alguém que, com o seu jeito meio irônico, meio sarcástico, ensinou-me muita coisa com aquele seu “que coisa”. No blog eu acrescentei “essa vida”.
Então é isso. Passados alguns anos, cá estou eu, jornalista, com a minha vivência profissional, diante de uma tela de computador a tentar escrever sobre as coisas do cotidiano, as coisas da vida. E, como quase todo jornalista, com aquela tendência de explorar assuntos de natureza insolúvel, como são aqueles que sempre envolvem muita gente junta. Existe coisa mais insolúvel do que a estrutura em que se moldou a política brasileira, por exemplo? Difícil de se entender, de conseguir bons resultados, difícil de digerir ou de se acreditar nela.
Então meus amigos, só soltando um “que coooisa” para desabafar e se conseguir ir em frente. Tipo aquele negócio de que o “o show tem que continuar”.
Confesso que, ultimamente, não tenho tido muito “saco” para escrever. A gente tem que colocar o nariz para fora e tentar respirar algo melhor do que esse festival de coisas insanas e insolúveis que são colocadas diante de nós todos os dias. Graças a Deus, como disse numa postagem anterior, estamos vivendo o momento olímpico. Ainda bem que os gregos, lá na antiguidade, já criaram esse grande evento.
Uma amiga minha de Minas Gerais – a Renata, cobrou-me um novo texto neste blog, dizendo que tem entrado na página e não viu mais nada de novo. Por isso, aqui estou novamente, meio sem jeito. Sempre ouvi dizer que a vida é bela. Acredito e ainda afirmo que vale a pena ser vivida. A vida é um brinde, já é uma sorte para quem a tem. No entanto, para vive-la, é preciso a gente ter sempre em mão, um espanador para a limpeza necessária ou para espantar os malfeitores. Certamente, um espanador de bruxo. É uma “coooisa”! Viva o Jair.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Momento Olímpico


Tempos de Jogos Olímpicos, assim como as ocasiões das Copas do Mundo de Futebol, sempre são bem vindos. Por alguns dias, pelo menos, ficamos livres daquele massacre provocado pelo noticiário violento a que passamos a nos habituar.
Agora é só a China, Pequim, a cultura chinesa e seus bilhões de habitantes hospitaleiros e simpáticos. Isto sem falar na nossa torcida pelos nossos atletas, que muito batalharam para lá chegar. Sem dúvida é um espetáculo envolvente, que, por dias, une ou pelo menos tentar unir o mundo em torno do esporte. Sobra a guerra entre a Rússia e a Geórgia. Nossas questões parecem que deixaram de existir, o dólar deu uma ligeira subida em relação ao real, mas as notícias giram em torno das medalhas olímpicas. E nosso Presidente promete uma “Olimpíada para os Pobres”, se conseguirmos sediar os Jogos em 2016.
Aproveitemos então esse momento de leveza. Let’s go to Beijing 2008.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A ascensão da pobreza

O mês de agosto começou e eu não escrevi nada. Aguardava por uma notícia boa. Afinal, todos os dias, quando ligamos a tv ou o rádio, ou pegamos o jornal para ler, já sabemos o que veremos de noticiário. Violência, violência, violência em todas as modalidades.
Eis que ontem, dia 05, surge uma boa notícia. Que nós, no Brasil, estamos ficando menos pobres. Que a pobreza diminuiu nos principais grandes centros urbanos e que a classe média está aumentando. Passou da metade da população. E aí os especialistas no assunto e donos da pesquisa explicaram as razões de tantas melhorias sociais. Que agora tem gente ganhando mais o salário mínimo, com carteira assinada. Conseguiram sair daquela camada que vive com meio salário mínimo ou menos. O aumento do valor do salário mínimo também foi considerado importante para essa diminuição da pobreza no Brasil. Não tive outra alternativa a não ser ficar pasmo. Mas, como eu conheço muita gente que está bem acima da linha da pobreza e que afirma as coisas estarem melhorando, fico então sem palavras para contestar. Imagino que essas pessoas devem conhecer de perto como estão vivendo hoje os que já saíram do estado de miséria e agora são felizes com o salário mínimo ou talvez com aquela bolsa oriunda do projeto social que visa, digamos assim, os pobres, para não humilharmos mais ainda nossos muitos irmãos de solo pátrio.
Vendo o resultado da pesquisa, fiquei pensando como seria o viver com meio salário mínimo, se com o mínimo inteiro já é aquele drama. Disseram também que toda a melhoria aconteceu porque se reduziu o ganho de recursos por meio dos projetos sociais, ou seja, aumentou o número de pessoas que passou a ganhar o seu próprio dinheiro.
Mas até aí, tudo bem. De fato, para quem conseguia duzentos por mês, agora está ganhando quatrocentos, o ganho foi significativo. Afinal, tudo neste mundo é relativo. Gostaria de conhecer pelo menos uma pessoa que teve tamanha ascensão. Eu, sendo dessa classe média, que, conforme a pesquisa feita, também cresceu, queria aprender com algum desses que se tornaram menos pobres, como é que se faz para pagar aluguel, comida, material escolar, remédios, com o salário mínimo que agora passaram a ganhar. Poderia tentar aplicar os ensinamentos em minha vida mediana.
Agora, soltemos foguetes para a classe média, que agora superou a marca dos cinqüenta por cento da população brasileira, considerando-se as famílias que ganham entre mil e quatro mil e poucos reais. Desculpem-me os pesquisadores, mas vai aumentar o número dos endividados, dos que vão ficar pendurados nos cartões de crédito, contrariando toda a orientação dos economistas quanto ao uso indiscriminado deste. Crédito em excesso é veneno. Vai aumentar o número dos que terão acesso ao financiamento da casa própria, bem como à compra do primeiro carrinho. Em resumo, vai aumentar o contingente dos que compram um apartamento financiado em 20 anos e pagam quase um edifício todo ao final. O carrinho eles vão comprar, quem sabe, em módicas e suaves prestações por 60 ou 72 meses. Se o carrinho comprado já for usado, quando se conseguir desalienar o veículo, este já estará caindo aos pedaços. Mas, como disse antes, toda melhoria é relativa. Certamente há lugares piores no mundo.