O dia a dia de todos nós. Os fatos que ocorrem. O exercício da cidadania. A qualidade das relações humanas. Educação, que gera respeito para que o cidadão exija seus direitos e cumpra seus deveres.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
Esperança viva
Ao brindar a chegada de 2011, quero manter a esperança de que é possível sonhar a realização de coisas boas na vida; e de que é mais possível ainda a concretização desses sonhos. E que para tudo isto basta ser digno, ser honesto consigo mesmo e estar cercado de gente iluminada pelo bem. Ninguém faz a jornada sozinho. Os encontros e desencontros fazem parte mesmo desta vida. Coisa ruim a gente joga fora e dá a descarga. Felicidades a todos no próximo ano novo.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Vá correr assim longe...
A Dilma nem começou a trabalhar e o Lula já fala na reeleição dela em 2014. Isto é uma loucura! Ela nem mostrou o seu serviço para o povo e ele, Lula, já garante que será ótimo. Por que será que ele garante tanto assim?
Bem, esse parece estar sendo o Brasil de hoje, onde se começa a colocar a carroça à frente dos burros! É tudo uma velocidade incrível até para os fatos. Haja estresse, haja vontade de ser eterno. Não é assim tão a toa que aumentam os acidentes de tráfego, tanto nas rodovias, como nas áreas urbanas, pelo excesso de velocidade. Todo mundo tá correndo. E o Lula também!
Cuidado gente, para não haver atropelamentos ou "estabacamentos" pelo chão afora!
De qualquer modo, dentro dessa louca correria, FELIZ ANO NOVO! Que a vida possa ser leve para todos! Até 2011! Quem emplacar, verá!
Bem, esse parece estar sendo o Brasil de hoje, onde se começa a colocar a carroça à frente dos burros! É tudo uma velocidade incrível até para os fatos. Haja estresse, haja vontade de ser eterno. Não é assim tão a toa que aumentam os acidentes de tráfego, tanto nas rodovias, como nas áreas urbanas, pelo excesso de velocidade. Todo mundo tá correndo. E o Lula também!
Cuidado gente, para não haver atropelamentos ou "estabacamentos" pelo chão afora!
De qualquer modo, dentro dessa louca correria, FELIZ ANO NOVO! Que a vida possa ser leve para todos! Até 2011! Quem emplacar, verá!
sábado, 11 de dezembro de 2010
Importante é estar vivo
Mesmo que o cotidiano esteja um horror para você, não se esqueça de que o mais importante é estar vivo e ter a oportunidade de inverter o rumo das coisas. Tudo depende sempre...de nós.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Quem quer dinheiro?! Quem quer dinheiro?!
Estamos vivendo uma época de arrecadação de dinheiro a todo custo. Já não bastam os impostos oficiais que somos obrigados a pagar o ano inteiro e alguns mais pesados que pagamos por quase todos os primeiros seis meses do ano!
Assim, praticamente todas as empresas prestadores de serviço do País, de telefonia, Bancos, Financeiras e outras mais, vivem cercando a população de todos os modos, com o intuito fictício de prestar benesses e promoções. Promoções e benefícios que, na verdade, só tem o objetivo básico de promover cada vez mais o lucro delas.
Somos bombardeados especialmente no recinto de nossos lares com gentis telefonemas dessas várias instituições, que, insistentemente, nos testam a paciência, com ofertas imperdíveis que, segundo elas, vão nos trazer as tão propaladas promoções. Um emaranhado de promoções, pacotes, kits, controle disso ou daquilo, cartões de crédito mirabolantes e outras coisas, as quais, se aceitarmos, iremos cada vez mais aumentar os valores de nossas faturas ao final de cada mês.
Há muitos anos atrás, era comum nas ruas do Rio de Janeiro, por exemplo, cidadãos serem abordados por pessoas inescrupulosas, que vinham com conversas estranhas no sentido de oferecer oportunidades de ganhos fáceis, caso o abordado aceitasse ou se envolvesse na conversa. O noticiário da época chamava a isso de “o conto do vigário”, ou o conto do paco, conforme se denominou mais recentemente.
Com o passar dos anos, as pessoas deixaram de ser abordadas na rua com esses papos estranhos. A polícia deu em cima. Todavia, a essência do negócio esquisito parece ter ficado no sangue de alguns. Parece que esse negócio de enganação dos trouxas foi estendido na cara de pau aos artifícios de empresas prestadoras de serviços, oficialmente abertas ao público, no sentido de fazerem crescer suas receitas.
Hoje é usual essas empresas abordarem seus clientes com o chavão de “o senhor é um cliente vip” ou “verificamos aqui em nossos registros que o senhor é um cliente preferencial”. Preferencial para quê? Very important person para quê? Para ser feito de bobo e cair na conversa de promoções mirabolantes?
Bem, acredita quem quiser nessas conversas furadas! Afinal, o Estado se afirma democrático. Cada um, pois rege sua vida e tem, claro, o direito de aceitar esse amontoado de promoções e serviços maravilhosos que tais empresas prometem.
Aqui, ali e acolá, há muita gente que já despertou para esse tipo de rasteira. E muita gente já tem ido aos píncaros do infarto por conta de telefonar para tais empresas e reclamar, tendo que enfrentar os “disque isso para aquilo, ou disque aquilo para aquilo outro”. Afinal, vivemos na era digital, virtual, onde é possível se esconder por detrás da internet ou mesmo dos telefones mais modernos.
Desse modo, fica o recado. Você é dono de você. Mas, não custa nada prestar atenção quando o invasor invadir a privacidade da sua casa com promessas. Cuidado com o que você diz. Eles gravam tudo. Arranje também um gravador, se for o caso. Compare as promessas feitas com a sua fatura no final do mês.
Assim, praticamente todas as empresas prestadores de serviço do País, de telefonia, Bancos, Financeiras e outras mais, vivem cercando a população de todos os modos, com o intuito fictício de prestar benesses e promoções. Promoções e benefícios que, na verdade, só tem o objetivo básico de promover cada vez mais o lucro delas.
Somos bombardeados especialmente no recinto de nossos lares com gentis telefonemas dessas várias instituições, que, insistentemente, nos testam a paciência, com ofertas imperdíveis que, segundo elas, vão nos trazer as tão propaladas promoções. Um emaranhado de promoções, pacotes, kits, controle disso ou daquilo, cartões de crédito mirabolantes e outras coisas, as quais, se aceitarmos, iremos cada vez mais aumentar os valores de nossas faturas ao final de cada mês.
Há muitos anos atrás, era comum nas ruas do Rio de Janeiro, por exemplo, cidadãos serem abordados por pessoas inescrupulosas, que vinham com conversas estranhas no sentido de oferecer oportunidades de ganhos fáceis, caso o abordado aceitasse ou se envolvesse na conversa. O noticiário da época chamava a isso de “o conto do vigário”, ou o conto do paco, conforme se denominou mais recentemente.
Com o passar dos anos, as pessoas deixaram de ser abordadas na rua com esses papos estranhos. A polícia deu em cima. Todavia, a essência do negócio esquisito parece ter ficado no sangue de alguns. Parece que esse negócio de enganação dos trouxas foi estendido na cara de pau aos artifícios de empresas prestadoras de serviços, oficialmente abertas ao público, no sentido de fazerem crescer suas receitas.
Hoje é usual essas empresas abordarem seus clientes com o chavão de “o senhor é um cliente vip” ou “verificamos aqui em nossos registros que o senhor é um cliente preferencial”. Preferencial para quê? Very important person para quê? Para ser feito de bobo e cair na conversa de promoções mirabolantes?
Bem, acredita quem quiser nessas conversas furadas! Afinal, o Estado se afirma democrático. Cada um, pois rege sua vida e tem, claro, o direito de aceitar esse amontoado de promoções e serviços maravilhosos que tais empresas prometem.
Aqui, ali e acolá, há muita gente que já despertou para esse tipo de rasteira. E muita gente já tem ido aos píncaros do infarto por conta de telefonar para tais empresas e reclamar, tendo que enfrentar os “disque isso para aquilo, ou disque aquilo para aquilo outro”. Afinal, vivemos na era digital, virtual, onde é possível se esconder por detrás da internet ou mesmo dos telefones mais modernos.
Desse modo, fica o recado. Você é dono de você. Mas, não custa nada prestar atenção quando o invasor invadir a privacidade da sua casa com promessas. Cuidado com o que você diz. Eles gravam tudo. Arranje também um gravador, se for o caso. Compare as promessas feitas com a sua fatura no final do mês.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Marcos Bas agora no twitter
No twitter não precisamos escrever tanto. A expressão de algo é feita em apenas 140 toques de digitação. A gente pode extravasar com criatividade e sutileza...
Quem quiser acessar o twitter de Marcos Bas, entre no seguinte endereço:
http://twitter.com/basduda
O blog aqui vai continuar também...
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sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Pesquisas, pesquisas...
Pesquisas Eleitorais! Hummm! Há controvérsias. Quem mexe com esse tipo de trabalho, sabe que pode fazer um ótimo trabalho, com resultados mais próximos da realidade. Tudo depende do universo a ser pesquisado e do assunto, claro. Mas, sobretudo, depende bastante da amostragem que se usa, ou seja, do conhecimento das pessoas pesquisadas a respeito do assunto que se deseja pesquisar.
Resultado de pesquisa nem sempre aponta exatamente ou mais exatamente possível, a tendência de algo, a representatividade de determinado assunto. O perigo de manipulação existe. Há poucos dias, uma emissora de rádio de Belo Horizonte, de grande audiência local, promoveu uma mesa redonda para debates sobre o assunto “pesquisas eleitorais”. Participaram jornalistas e alguns outros profissionais da cidade. A maioria opinou contra esse tipo de pesquisa, especialmente durante as prévias das campanhas eleitorais, ou quando estas estão em andamento.
Alguns foram mais enfáticos, afirmando que as mesmas deveriam ser proibidas nessas ocasiões. Afinal, elas acabam induzindo o eleitor a votar sem pensar “naquele que está ganhando”, que está à frente, segundo as pesquisas. Na verdade, tudo está embutido muito sabiamente, para os interessados, no próprio processo eleitoral. A massa populacional de eleitores nacionais acaba votando sem a devida consciência. Expressões que tentam ilustrar o processo das eleições tais como, “use o seu direito de cidadania”, “não perca o seu voto”, “não venda o seu voto” e outras, acabam levando o eleitor a não entender bem a importância da sua escolha na hora do voto.
O marketing que envolve os processos de campanhas dos candidatos também colabora para a persistência desse ato inconsciente. Pelo sistema atual, alguns candidatos e seus partidos têm um espaço maior na mídia, geralmente têm mais dinheiro para efetuar suas campanhas com um bom trabalho de propaganda. Outros candidatos, que poderiam ter bom potencial de se tornarem grandes e proveitosas personalidades públicas, passam pelas campanhas, nos horários e espaços oficiais, como verdadeiros foguetes. Suas mensagens são muito rápidas e alguns mal têm tempo de dizer seus nomes, cargo pretendido e número para votação.
Por outro lado, há uma coisa implícita em nossos costumes: brasileiro não quer jogar para perder. Eleição é também como se fosse uma aposta (na cabeça de muitos). Vota-se para receber algo em troca pessoalmente. Numa comparação grosseira, é uma aposta na sena, na quina ou num bilhete de loteria. A massa popular não está preparada, porque não recebeu a educação necessária, para entender que, eleger é dar passaporte remunerado a quem deverá trabalhar pelo Brasil com muita responsabilidade e ética.
Por isso, as pesquisas eleitorais prévias aqui em nosso país, acabam sendo indutoras no processo. Em geral nós não apostamos em time que não está ganhando. E junte-se a isso a inocente credulidade gratuita de todo um povo. E isso independe de classe social. Isto ainda é o Brasil.
Pesquisa entre uma população é coisa séria. O Brasil dispõe de organismos competentes que podem realizá-la. No entanto, tudo depende da forma, dos ingredientes e do que se coloca no miolo da pesquisa e do assunto pesquisado. É um assunto científico, mas a própria ciência pode cometer falha. Depende sempre do homem que a faz. Se uma pesquisa não é bem conduzida, o seu resultado vai ser acreditado apenas por aqueles que ainda acreditam em cegonhas ou papai Noel.
Resultado de pesquisa nem sempre aponta exatamente ou mais exatamente possível, a tendência de algo, a representatividade de determinado assunto. O perigo de manipulação existe. Há poucos dias, uma emissora de rádio de Belo Horizonte, de grande audiência local, promoveu uma mesa redonda para debates sobre o assunto “pesquisas eleitorais”. Participaram jornalistas e alguns outros profissionais da cidade. A maioria opinou contra esse tipo de pesquisa, especialmente durante as prévias das campanhas eleitorais, ou quando estas estão em andamento.
Alguns foram mais enfáticos, afirmando que as mesmas deveriam ser proibidas nessas ocasiões. Afinal, elas acabam induzindo o eleitor a votar sem pensar “naquele que está ganhando”, que está à frente, segundo as pesquisas. Na verdade, tudo está embutido muito sabiamente, para os interessados, no próprio processo eleitoral. A massa populacional de eleitores nacionais acaba votando sem a devida consciência. Expressões que tentam ilustrar o processo das eleições tais como, “use o seu direito de cidadania”, “não perca o seu voto”, “não venda o seu voto” e outras, acabam levando o eleitor a não entender bem a importância da sua escolha na hora do voto.
O marketing que envolve os processos de campanhas dos candidatos também colabora para a persistência desse ato inconsciente. Pelo sistema atual, alguns candidatos e seus partidos têm um espaço maior na mídia, geralmente têm mais dinheiro para efetuar suas campanhas com um bom trabalho de propaganda. Outros candidatos, que poderiam ter bom potencial de se tornarem grandes e proveitosas personalidades públicas, passam pelas campanhas, nos horários e espaços oficiais, como verdadeiros foguetes. Suas mensagens são muito rápidas e alguns mal têm tempo de dizer seus nomes, cargo pretendido e número para votação.
Por outro lado, há uma coisa implícita em nossos costumes: brasileiro não quer jogar para perder. Eleição é também como se fosse uma aposta (na cabeça de muitos). Vota-se para receber algo em troca pessoalmente. Numa comparação grosseira, é uma aposta na sena, na quina ou num bilhete de loteria. A massa popular não está preparada, porque não recebeu a educação necessária, para entender que, eleger é dar passaporte remunerado a quem deverá trabalhar pelo Brasil com muita responsabilidade e ética.
Por isso, as pesquisas eleitorais prévias aqui em nosso país, acabam sendo indutoras no processo. Em geral nós não apostamos em time que não está ganhando. E junte-se a isso a inocente credulidade gratuita de todo um povo. E isso independe de classe social. Isto ainda é o Brasil.
Pesquisa entre uma população é coisa séria. O Brasil dispõe de organismos competentes que podem realizá-la. No entanto, tudo depende da forma, dos ingredientes e do que se coloca no miolo da pesquisa e do assunto pesquisado. É um assunto científico, mas a própria ciência pode cometer falha. Depende sempre do homem que a faz. Se uma pesquisa não é bem conduzida, o seu resultado vai ser acreditado apenas por aqueles que ainda acreditam em cegonhas ou papai Noel.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Campanhas e os Milagres do Marketing
Muita gente reclama do horário eleitoral gratuito, obrigatório no rádio e na tv. Os motivos dessas reclamações são variados. Mas, em geral achamos que é um verdadeiro “pé no saco”. E, hoje, para que paguemos então os nossos pecados, o dito horário teve início.
Há muitos outros fatos, atualmente, rolando pelo país. Num país de dimensões tamanhas como as do Brasil, há sempre uma gama imensa de assuntos e isto não poderia ser diferente. Ainda mais quando persistem as diferenças abissais entre as diversas camadas sociais que formam o povo brasileiro. Todavia, sem dúvida alguma, o assunto agora mais importante é a eleição para Presidente da República. A renovação da cadeira principal do Palácio do Planalto a partir de janeiro de 2011.
Assim, talvez custe apenas um pequeno esforço para superar o enjôo, o prestar um mínimo de atenção ao que é dito pelos diversos candidatos nesse espaço não muito aplaudido. Pode ser uma experiência interessante. Nos meandros daquela propaganda e do marketing ali embutido, poderemos descobrir e ver coisas que até então nossas mentes não conseguiam captar. Claro, não deixa de ser um exercício um tanto enfadonho e, quiçá, sonolento. Pelo menos em seu início.
Porém, com três minutos de assistência no mínimo, tanto o enfado como o sono, podem desaparecer. Como foi dito acima, é só prestar um mínimo de atenção a certos detalhes, à linguagem dos candidatos, ao que é dito ou prometido. E, se pudermos gravar determinadas afirmativas dos candidatos, poderá ser muito interessante no futuro, para importantes comparações ao que estará sendo executado pelos candidatos eleitos.
Há anos que a forma das campanhas eleitorais no Brasil vão se mantendo mais ou menos do mesmo jeito, mesmo com algumas modificações introduzidas pela legislação que regula o tema. Isso se torna mais evidente quando se trata das eleições e campanhas para Presidente da República. Há sempre um candidato indicado pelo partido que naquele momento está na situação, outro que vem pela oposição e um terceiro apontado por outro partido, que, na verdade, este todo mundo sabe que não irá à parte alguma, a não ser ficar um pouco mais evidente no cenário nacional. E, de repente, muito mais que de repente do que a gente possa prever, surgem outros candidatos, que, pelas regras estabelecidas para o processo da campanha eleitoral, fazem pequenas aparições relâmpagos onde pregam suas idéias no deserto da nossa ignorância quase que total sobre o tema eleições.
Resumindo, sobram ao final apenas dois candidatos, o da situação e o da oposição, evidentemente cobras mais do que criadas na esfera política. Na verdade, o eleitor brasileiro acaba votando por um verdadeiro processo de indução. E, claro, elege. Elege aquele que é o melhor. Melhor fruto de um bom processo de marketing. Elege porque é obrigado a ir votar. Elege porque ouve previamente que deve exercer o direito da cidadania, como se cidadania fosse simplesmente o ato de eleger alguém para cargo tão importante. E elege porque, vota para não “perder” o voto, de acordo com os seus conceitos particulares ou mesmo induzidos.
Assim tem sido e provavelmente ainda o será por muito tempo.
Nas eleições deste ano, conseguimos chegar a um quadro inusitado. O de estarmos diante de candidatos em que não conseguimos nem mesmo depositar nossas esperanças, embora milhões já estejam dispostos a fazer esse depósito de confiabilidade. E para descomplicar bastante esse quadro, nada que um excelente trabalho de marketing e uma boa soma de dinheiro de campanha não resolva. O poder do marketing é verdadeiramente fantástico.
Com o trabalho dos especialistas “marqueteiros”, as imagens dos candidatos se tornam outras. Eles se fazem sorridentes, amáveis, pessoas extremamente humanas e sensíveis, seus cabelos, roupas e posturas se transformam. A velha fórmula, dos beijos e abraços distribuídos entre pessoas do povo, se eterniza. Os discursos proferidos, as respostas dadas em entrevistas, sempre conseguem esconder muitas vezes o desconhecimento sobre determinadas problemáticas do Brasil. Tudo isso orientado impecavelmente, de acordo com o que a platéia ouvinte vai querer ouvir. Enfim, com toda essa parafernália, pode ser que os políticos eleitos para os cargos não sejam sempre os melhores, mas, em contrapartida, o Marketing realizado no Brasil cada vez se aprimora mais.
Mas, o que fazer? É o sistema em que estamos mergulhados. Na essência, eleger o Presidente da República é o mesmo que a eleição do síndico de um condomínio. Ou seja, escolher alguém que vai trabalhar com o nosso dinheiro e que terá diante de si uma série de responsabilidades para dar conta e agir com isenção. A grande e certamente imensa diferença é a de que um síndico terá diante de si, 8, 12, 24, 36 ou mais apartamentos ou casas com problemas infinitamente menores para solução. E mesmo assim acaba sendo aquela loucura que muita gente sabe, especialmente as pessoas que moram em condomínios.
Então, no caso de se escolher um Presidente de um país não se precisa dizer mais nada. Se os eleitores que têm um nível de instrução, educação e conhecimentos sobre a vida, já sentem um grau de dificuldade na escolha de um nome, imaginem então os milhões e milhões de brasileiros espalhados por aí, nos mais longínquos rincões deste país! Engano, para esses milhões o grau de dificuldade deve ser nulo. Para esses deve ser infinitamente mais fácil se livrarem do “problema”, digamos assim. Acabam mesmo votando com firmeza, com a convicção resultante de tudo isso.
Após muitos anos de observação desse vaivém de políticos (e quase sempre os mesmos) na ocupação de cargos que envolvem os destinos nacionais, dá para se arriscar a afirmativa de que tudo isso faz parte de um processo onde a falta de educação imperou por anos e anos. E, como alguns sabem, dessa pobreza educacional talvez proposital, tornou-se cada vez mais difícil o ato de se escolher verdadeiros trabalhadores pelo futuro do Brasil. Outras escolhas também ser tornaram complicadas e até mesmo desastradas, face à ignorância reinante. Querer achar os culpados disso fica muitíssimo difícil. E também não vai adiantar nada. Talvez ainda seja melhor a participação de cada um no acompanhamento do processo eleitoral, desde sua origem até onde ele culmina. E por que não dizer também que se faça um máximo de esforço para analisar atentamente o que é dito durante a propaganda no horário eleitoral gratuito. Atenção às palavras e às imagens sempre amáveis e sorridentes dos vários candidatos. Acabará sendo um exercício divertido e nessa diversão a gente conseguirá enxergar muitas coisas úteis para o nosso futuro político. Podem crer. Se não resultar em nada, a assistência ao programa pelo menos provocará algumas boas risadas. E do jeito que as coisas estão ou vão, o melhor mesmo é rir. E que venha qualquer um que o povo quiser escolher. É provável que não ocorram sensíveis diferenças.
Há muitos outros fatos, atualmente, rolando pelo país. Num país de dimensões tamanhas como as do Brasil, há sempre uma gama imensa de assuntos e isto não poderia ser diferente. Ainda mais quando persistem as diferenças abissais entre as diversas camadas sociais que formam o povo brasileiro. Todavia, sem dúvida alguma, o assunto agora mais importante é a eleição para Presidente da República. A renovação da cadeira principal do Palácio do Planalto a partir de janeiro de 2011.
Assim, talvez custe apenas um pequeno esforço para superar o enjôo, o prestar um mínimo de atenção ao que é dito pelos diversos candidatos nesse espaço não muito aplaudido. Pode ser uma experiência interessante. Nos meandros daquela propaganda e do marketing ali embutido, poderemos descobrir e ver coisas que até então nossas mentes não conseguiam captar. Claro, não deixa de ser um exercício um tanto enfadonho e, quiçá, sonolento. Pelo menos em seu início.
Porém, com três minutos de assistência no mínimo, tanto o enfado como o sono, podem desaparecer. Como foi dito acima, é só prestar um mínimo de atenção a certos detalhes, à linguagem dos candidatos, ao que é dito ou prometido. E, se pudermos gravar determinadas afirmativas dos candidatos, poderá ser muito interessante no futuro, para importantes comparações ao que estará sendo executado pelos candidatos eleitos.
Há anos que a forma das campanhas eleitorais no Brasil vão se mantendo mais ou menos do mesmo jeito, mesmo com algumas modificações introduzidas pela legislação que regula o tema. Isso se torna mais evidente quando se trata das eleições e campanhas para Presidente da República. Há sempre um candidato indicado pelo partido que naquele momento está na situação, outro que vem pela oposição e um terceiro apontado por outro partido, que, na verdade, este todo mundo sabe que não irá à parte alguma, a não ser ficar um pouco mais evidente no cenário nacional. E, de repente, muito mais que de repente do que a gente possa prever, surgem outros candidatos, que, pelas regras estabelecidas para o processo da campanha eleitoral, fazem pequenas aparições relâmpagos onde pregam suas idéias no deserto da nossa ignorância quase que total sobre o tema eleições.
Resumindo, sobram ao final apenas dois candidatos, o da situação e o da oposição, evidentemente cobras mais do que criadas na esfera política. Na verdade, o eleitor brasileiro acaba votando por um verdadeiro processo de indução. E, claro, elege. Elege aquele que é o melhor. Melhor fruto de um bom processo de marketing. Elege porque é obrigado a ir votar. Elege porque ouve previamente que deve exercer o direito da cidadania, como se cidadania fosse simplesmente o ato de eleger alguém para cargo tão importante. E elege porque, vota para não “perder” o voto, de acordo com os seus conceitos particulares ou mesmo induzidos.
Assim tem sido e provavelmente ainda o será por muito tempo.
Nas eleições deste ano, conseguimos chegar a um quadro inusitado. O de estarmos diante de candidatos em que não conseguimos nem mesmo depositar nossas esperanças, embora milhões já estejam dispostos a fazer esse depósito de confiabilidade. E para descomplicar bastante esse quadro, nada que um excelente trabalho de marketing e uma boa soma de dinheiro de campanha não resolva. O poder do marketing é verdadeiramente fantástico.
Com o trabalho dos especialistas “marqueteiros”, as imagens dos candidatos se tornam outras. Eles se fazem sorridentes, amáveis, pessoas extremamente humanas e sensíveis, seus cabelos, roupas e posturas se transformam. A velha fórmula, dos beijos e abraços distribuídos entre pessoas do povo, se eterniza. Os discursos proferidos, as respostas dadas em entrevistas, sempre conseguem esconder muitas vezes o desconhecimento sobre determinadas problemáticas do Brasil. Tudo isso orientado impecavelmente, de acordo com o que a platéia ouvinte vai querer ouvir. Enfim, com toda essa parafernália, pode ser que os políticos eleitos para os cargos não sejam sempre os melhores, mas, em contrapartida, o Marketing realizado no Brasil cada vez se aprimora mais.
Mas, o que fazer? É o sistema em que estamos mergulhados. Na essência, eleger o Presidente da República é o mesmo que a eleição do síndico de um condomínio. Ou seja, escolher alguém que vai trabalhar com o nosso dinheiro e que terá diante de si uma série de responsabilidades para dar conta e agir com isenção. A grande e certamente imensa diferença é a de que um síndico terá diante de si, 8, 12, 24, 36 ou mais apartamentos ou casas com problemas infinitamente menores para solução. E mesmo assim acaba sendo aquela loucura que muita gente sabe, especialmente as pessoas que moram em condomínios.
Então, no caso de se escolher um Presidente de um país não se precisa dizer mais nada. Se os eleitores que têm um nível de instrução, educação e conhecimentos sobre a vida, já sentem um grau de dificuldade na escolha de um nome, imaginem então os milhões e milhões de brasileiros espalhados por aí, nos mais longínquos rincões deste país! Engano, para esses milhões o grau de dificuldade deve ser nulo. Para esses deve ser infinitamente mais fácil se livrarem do “problema”, digamos assim. Acabam mesmo votando com firmeza, com a convicção resultante de tudo isso.
Após muitos anos de observação desse vaivém de políticos (e quase sempre os mesmos) na ocupação de cargos que envolvem os destinos nacionais, dá para se arriscar a afirmativa de que tudo isso faz parte de um processo onde a falta de educação imperou por anos e anos. E, como alguns sabem, dessa pobreza educacional talvez proposital, tornou-se cada vez mais difícil o ato de se escolher verdadeiros trabalhadores pelo futuro do Brasil. Outras escolhas também ser tornaram complicadas e até mesmo desastradas, face à ignorância reinante. Querer achar os culpados disso fica muitíssimo difícil. E também não vai adiantar nada. Talvez ainda seja melhor a participação de cada um no acompanhamento do processo eleitoral, desde sua origem até onde ele culmina. E por que não dizer também que se faça um máximo de esforço para analisar atentamente o que é dito durante a propaganda no horário eleitoral gratuito. Atenção às palavras e às imagens sempre amáveis e sorridentes dos vários candidatos. Acabará sendo um exercício divertido e nessa diversão a gente conseguirá enxergar muitas coisas úteis para o nosso futuro político. Podem crer. Se não resultar em nada, a assistência ao programa pelo menos provocará algumas boas risadas. E do jeito que as coisas estão ou vão, o melhor mesmo é rir. E que venha qualquer um que o povo quiser escolher. É provável que não ocorram sensíveis diferenças.
terça-feira, 27 de julho de 2010
Sonho do trem bala ou pesadelo de uma bala perdida
Nos últimos dias temos escutado notícias sobre a reativação do projeto do “trem bala”, o de alta velocidade entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Trata-se, não restam dúvidas, de um sonho acalentado há muitos anos por alguns políticos e autoridades deste país. Um sonho que vai e que vem se perdendo na esteira do tempo. Há muito tempo. Um sonho que, recentemente, foi cantado em prosa e verso por autoridades de Brasília, numa adaptação para a ligação entre a capital federal e Goiânia, capital de Goiás.
Afinal, o Japão possui o seu trem bala há muitos anos, o mesmo acontecendo na França com o seu TGV e alguns outros países da Europa que já desenvolveram esse tipo de transporte moderno (para nós) e verdadeiramente confortável. E cada vez que o sonho volta à baila, lá se vai uma missão brasileira para o Japão ou para a França, em busca dos subsídios técnicos que permitam seu desenvolvimento no Brasil. E, voltando essa missão, nada acontece, até que uma nova missão parta em busca do sonho novamente.
Pensando bem, não deveria acontecer tão cedo essa implantação do batizado “trem bala” por aqui. E por quê? Porque certamente temos outros problemas mais importantes a desenvolver dentro da realidade brasileira. E não somente na área dos transportes públicos, onde os investimentos do setor são em geral elevadíssimos face às dimensões continentais do nosso País. E, por conta disso, por que não pegar esse maciço investimento previsto para o trem bala e aplicá-lo na segurança pública brasileira, por exemplo, tão desprovida atualmente de meios para uma ação eficaz. Nessa segurança em que o pesadelo das balas perdidas tem sido constante ameaça para a população de várias cidades, especialmente as que lutam no dia a dia pela redução da criminalidade ocasionada pelo tráfico das drogas.
Ou seja, pelo que ouvimos e vemos em nosso noticiário nacional, por toda a mídia brasileira, esse pesadelo das balas perdidas é uma realidade que se torna veloz na produção de tragédias do cotidiano. A realização de um projeto como o do trem bala seria somente a vitória de alguns por ver o sonho concretizado. E mais um sonho apenas do “faz de conta” que aqui somos um país de grande desenvolvimento, numa óbvia ilusão de pé de igualdade com o Japão ou com a França talvez. E um sonho num Brasil que não desenvolveu a tradição do transporte ferroviário, nem de cargas e muito menos de passageiros. É bom ressaltar que, nos países onde o trem de alta velocidade existe e de longa data, também há bem desenvolvido o transporte ferroviário geral. E em especial o de passageiros de longa distância.
Não termos aqui desenvolvido ferrovias, é uma história longa que remonta aos tempos dos coronéis das fazendas ainda à época do império brasileiro. Optamos sempre pelo transporte rodoviário em grande percentual do transporte de cargas e praticamente em todo o executado para passageiros pelo país. E isto também teve suas razões políticas. Os governos sempre falaram dos altos investimentos no setor ferrovias. Todavia, estando elas prontas para o tráfego, o seu custo de manutenção seria muito mais barato do que manter rodovias em perfeito estado de conservação. Isso, perfeito estado de conservação, outro grande problema para os governos.
Com isso, surgiram as questões que sabemos. Fretes rodoviários caros e produtos finais caros para o consumidor, que, aliás, sempre pagou todas as contas. Poucas e precárias ferrovias (hoje um pouco melhores talvez pelas concessões que foram feitas à iniciativa privada), decorrentes dos antigos traçados, poucos quilômetros de malha ferroviária se comparada com a extensão da malha rodoviária brasileira. Bem, mas nada disto agora vem mais ao caso. O que importa é que ainda somos e o seremos por muitos anos (na melhor das hipóteses) um Brasil essencialmente rodoviário, que consome pneus, gasolina, diesel, asfalto, etc, cujas estradas são difíceis de se manterem conservadas, porque também exigem grandes somas de dinheiro por quilômetro.
Resumindo, se o projeto do trem bala entre Rio e São Paulo for um dia concretizado, esse trem irá cruzar a 300 km por hora apenas cerca de 400 km que separam as duas cidades. Será que realizar esse sonho compensa o sacrifício do pagamento dessa conta? A previsão inicial é de gastos de quase R$ 35 bilhões. Embora haja sido noticiado que o edital de licitação para a execução do projeto sairia este ano, o site da Agência Nacional de Transportes Terrestres não informa nada ainda, ou pelo menos o assunto não está tão explícito assim.
Se existirá essa ligação ferroviária veloz entre as aquelas duas importantes cidades brasileiras, só o tempo poderá dizer ou o noticiário quando do início da realização do sonho, ou melhor, das obras. Nesse meio tempo tudo indica que as ações governamentais estarão voltadas para as obras de melhorias de infraestrutura nacional visando à Copa do Mundo no Brasil em 2014, melhorias que previam também a execução do projeto do trem bala. Enquanto isto não acontece, talvez seja melhor que nos preocupemos em escolher autoridades que tenham mais sintonia com a realidade brasileira, das primordiais necessidades de educação, por exemplo, que acabarão nos conduzindo sempre a uma melhor qualidade de vida. E que assim seja pelo menos para nossos netos ou bisnetos. Porque para nós, os que já estamos freqüentando essa vida brasileira há algum tempo, muitos pesadelos ainda irão continuar, tais como os causados por uma simples e mortal bala perdida. Afora os demais pesadelos, que alguns teimam em transformar quase em sonhos, talvez para nos acalmar um pouco.
Afinal, o Japão possui o seu trem bala há muitos anos, o mesmo acontecendo na França com o seu TGV e alguns outros países da Europa que já desenvolveram esse tipo de transporte moderno (para nós) e verdadeiramente confortável. E cada vez que o sonho volta à baila, lá se vai uma missão brasileira para o Japão ou para a França, em busca dos subsídios técnicos que permitam seu desenvolvimento no Brasil. E, voltando essa missão, nada acontece, até que uma nova missão parta em busca do sonho novamente.
Pensando bem, não deveria acontecer tão cedo essa implantação do batizado “trem bala” por aqui. E por quê? Porque certamente temos outros problemas mais importantes a desenvolver dentro da realidade brasileira. E não somente na área dos transportes públicos, onde os investimentos do setor são em geral elevadíssimos face às dimensões continentais do nosso País. E, por conta disso, por que não pegar esse maciço investimento previsto para o trem bala e aplicá-lo na segurança pública brasileira, por exemplo, tão desprovida atualmente de meios para uma ação eficaz. Nessa segurança em que o pesadelo das balas perdidas tem sido constante ameaça para a população de várias cidades, especialmente as que lutam no dia a dia pela redução da criminalidade ocasionada pelo tráfico das drogas.
Ou seja, pelo que ouvimos e vemos em nosso noticiário nacional, por toda a mídia brasileira, esse pesadelo das balas perdidas é uma realidade que se torna veloz na produção de tragédias do cotidiano. A realização de um projeto como o do trem bala seria somente a vitória de alguns por ver o sonho concretizado. E mais um sonho apenas do “faz de conta” que aqui somos um país de grande desenvolvimento, numa óbvia ilusão de pé de igualdade com o Japão ou com a França talvez. E um sonho num Brasil que não desenvolveu a tradição do transporte ferroviário, nem de cargas e muito menos de passageiros. É bom ressaltar que, nos países onde o trem de alta velocidade existe e de longa data, também há bem desenvolvido o transporte ferroviário geral. E em especial o de passageiros de longa distância.
Não termos aqui desenvolvido ferrovias, é uma história longa que remonta aos tempos dos coronéis das fazendas ainda à época do império brasileiro. Optamos sempre pelo transporte rodoviário em grande percentual do transporte de cargas e praticamente em todo o executado para passageiros pelo país. E isto também teve suas razões políticas. Os governos sempre falaram dos altos investimentos no setor ferrovias. Todavia, estando elas prontas para o tráfego, o seu custo de manutenção seria muito mais barato do que manter rodovias em perfeito estado de conservação. Isso, perfeito estado de conservação, outro grande problema para os governos.
Com isso, surgiram as questões que sabemos. Fretes rodoviários caros e produtos finais caros para o consumidor, que, aliás, sempre pagou todas as contas. Poucas e precárias ferrovias (hoje um pouco melhores talvez pelas concessões que foram feitas à iniciativa privada), decorrentes dos antigos traçados, poucos quilômetros de malha ferroviária se comparada com a extensão da malha rodoviária brasileira. Bem, mas nada disto agora vem mais ao caso. O que importa é que ainda somos e o seremos por muitos anos (na melhor das hipóteses) um Brasil essencialmente rodoviário, que consome pneus, gasolina, diesel, asfalto, etc, cujas estradas são difíceis de se manterem conservadas, porque também exigem grandes somas de dinheiro por quilômetro.
Resumindo, se o projeto do trem bala entre Rio e São Paulo for um dia concretizado, esse trem irá cruzar a 300 km por hora apenas cerca de 400 km que separam as duas cidades. Será que realizar esse sonho compensa o sacrifício do pagamento dessa conta? A previsão inicial é de gastos de quase R$ 35 bilhões. Embora haja sido noticiado que o edital de licitação para a execução do projeto sairia este ano, o site da Agência Nacional de Transportes Terrestres não informa nada ainda, ou pelo menos o assunto não está tão explícito assim.
Se existirá essa ligação ferroviária veloz entre as aquelas duas importantes cidades brasileiras, só o tempo poderá dizer ou o noticiário quando do início da realização do sonho, ou melhor, das obras. Nesse meio tempo tudo indica que as ações governamentais estarão voltadas para as obras de melhorias de infraestrutura nacional visando à Copa do Mundo no Brasil em 2014, melhorias que previam também a execução do projeto do trem bala. Enquanto isto não acontece, talvez seja melhor que nos preocupemos em escolher autoridades que tenham mais sintonia com a realidade brasileira, das primordiais necessidades de educação, por exemplo, que acabarão nos conduzindo sempre a uma melhor qualidade de vida. E que assim seja pelo menos para nossos netos ou bisnetos. Porque para nós, os que já estamos freqüentando essa vida brasileira há algum tempo, muitos pesadelos ainda irão continuar, tais como os causados por uma simples e mortal bala perdida. Afora os demais pesadelos, que alguns teimam em transformar quase em sonhos, talvez para nos acalmar um pouco.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Cuspindo no prato que se come
As transformações pelo mundo afora estão evidentes. E rápidas. De todos os tipos, culturais, sociais, tecnológicas, científicas e, porque não, as da natureza, que obedecem, sobretudo, às leis universais tão distantes dos Homens com suas inúmeras leis terrenas. Sempre ouvimos dizer que cada coisa tem a sua época e isto é uma verdade, “doa a quem doer”, como disse certa vez uma autoridade deste País. Ou seja, nascemos numa época e, logo em seguida, tudo começa a ficar diferente daquilo que nos acostumamos a ouvir e ver quando chegamos por aqui. São as transformações permanentes, que temos de encarar mesmo que não as aceitemos, quando algumas delas modificam os melhores valores que até então consideramos para a vida. Todo ser que viver muito vai passar por essa experiência.
Como dizem os espanhóis, “Es lo que hay”, quando isto acontece. Temos assim que conviver com essa transformação cultural, senão ficamos para trás ou vem o sofrimento, que pode amedrontar as pessoas ou fazer com que comecemos a achar a vida uma bosta ou coisa parecida.
E a vida seguramente não é uma bosta. É boa demais, embora dê um tanto de trabalho e planejamento para ser bem vivida. E talvez este pudesse ser o melhor dos trabalhos que poderíamos executar sobre a face da Terra enquanto vivos.
Uma coisa é certa. O Homem só não conseguiu dominar a natureza e tudo indica que nunca irá conseguir. É verdade que a inteligência humana deu rápidos saltos para o progresso da vida humana. Um exemplo? Basta observar a velocidade da comunicação humana, que, mesmo muito rápida hoje se comparada apenas com a do início do século 20 ou do 19, pode ser usada para o bem ou para o mal. Depende então do livre arbítrio de cada um para usá-la. Mas, voltando a falar do domínio do Homem sobre a natureza, é óbvio que isto está fora de cogitação por parte do Universo que nos envolve. Quer dizer, isto não impede que muita gente acredite que será possível isto acontecer.
Das milhões de mudanças gerais, transformações que aconteceram recentemente pelo mundo e das que ainda continuam a acontecer, vamos olhar ligeiramente para o nosso País, no sentido das mudanças climáticas e fenômenos naturais que antes não ocorriam ou, se ocorriam, ninguém ficava sabendo.
Agora, por exemplo, estamos em pleno inverno, que, antes, era uma estação de chuvas permanentes e fracas, aqui e acolá por todo o país. De um frio maior especialmente em regiões altas ou nos Estados do sul. Não cabe aqui analisar se as mudanças foram gradativas ou abruptas. O fato é que hoje, nesse período de inverno, ouvimos todos os dias falar de tempestades violentas que destroem cidades e zonas rurais, tornados, até tornados que antes nunca sabíamos da ocorrência em solo brasileiro. Até então, voltando uns anos no tempo, dizia-se que o Brasil era um país abençoado até pela natureza, um país de clima tropical onde as chuvas mais fortes aconteciam lá pela floresta amazônica. Isoladamente, algumas chuvas pelo Rio de Janeiro ou noutras regiões, faziam encostas de morros deslizarem, causando mortes e destruição. Mas, certamente isso não era pelo clima, porém pelo desmatamento que o ser humano veio causando de norte a sul em nosso território.
Enfim, o Brasil era um “país abençoado por Deus”, o país tropical que na segunda metade do século 20 foi cantado por Wilson Simonal, que, os que ainda vivem, devem se lembrar. Se não lembram é porque tudo acontece rapidamente hoje e são montanhas de acontecimentos que invadem nossas casas diariamente.
Pois bem, esse País certamente não é mais o mesmo em termos de natureza. Até tremores de terra já ocorrem no nordeste, já são sentidos no centro de São Paulo e noutros lugares. Isto porque sempre ouvimos dizer que aqui nunca aconteceriam terremotos. Bem, vamos torcer que eles não venham mesmo.
Estas transformações de cunho natural não são privilégio do Brasil. Estão ocorrendo velozmente pelo mundo afora. E disto nossos senhores políticos não podem ser culpados até certo ponto. Até certo ponto sim e não se fala aqui dos atuais políticos somente, mas de todos, os passados e os presentes, que, nunca cultivaram umas rugas em suas prezadas faces, na produção e execução de medidas preventivas que elevassem a qualidade de vida de todos nós. Será que os do futuro estarão dispostos a cultivar rugas por causas semelhantes? Ou seja, trabalhar de verdade em troca das razões que os conduziram até seus postos?
Voltando às transformações da natureza, a coisa veio caminhando até agora, até noutro dia, quando começamos a perceber que o planeta está se sacudindo, talvez para tirar de cima de si uma cambada de parasitas, seres aparentemente sem cérebro, que nunca pararam para pensar que, num segundo, apenas num segundo, tudo pode acontecer de pior, tudo pode acabar. E que quem manda é a natureza, é o Universo, com seu único e pleno poder infinito. E quando assim concluímos, ficamos com a certeza de que este Homem, também criado pela Natureza, é um ser integrante dela, que pode ser bom na essência, mas que, na sua ambição de poder, de domínio, a suga sem dó nem piedade.
E, como não poderia deixar de ser, o resultado aí está. A poluição geral ambiental em ampla escala, espalhada pelo planeta. Em prol de um progresso intenso, sem medida, que já pode até ser questionado, brotam vazamentos de petróleo pelos mares, oceanos. Há muito já existem meios menos agressivos de se alcançar o progresso da humanidade. Os desmatamentos continuam pelas florestas e, quando se fala nisso, sempre se fala da nossa Amazônia tão cobiçada por muitos olhos estrangeiros pelo que conserva abaixo do seu solo. Isto sem mencionarmos o restante da merda que se faz e se espalha pelo mundo. A internet está aí e basta pesquisar nela própria, para se saber desses muitos horrores, em sites de confiança. Isto porque não dá para se confiar em emails que espalham anexos de terror pelo mundo.
Então, essa é a nossa vida hoje no planeta. A vida de todos os dias. Atual. Aquela que temos de encarar. Tenhamos nós um ano de vida, dez, vinte, cinqüenta, setenta ou cem. É fato que a vida humana está se prolongando. A ciência avançou para isso e talvez para que tenhamos de vivenciar por mais tempo todo esse processo negativo da vida. Sabemos também que há pessoas que não se ligam nisso e somente curtem o lado prazeroso do viver a vida. Bem, isto enquanto a vida humana ainda estiver suportável na face do planeta. Profeta do apocalipse? Não, isto quem viver mais para frente terá, não diria, o prazer de ver os acontecimentos que virão, se não houver um freio nisso tudo. Quem manda é a Natureza, nunca será demais pensar nisso, nem que seja por um minuto. O homem com sua inteligência, consegue ainda controlá-la em parte ou ainda calcular os prejuízos que ela nos causa em sua resposta mais do que justa. Afinal há a lei da física que diz: “a toda ação corresponde outra de mesma intensidade e em sentido contrário”. Por isso, todo cuidado é pouco com essas cusparadas que estamos dando no prato que comemos há séculos.
Como dizem os espanhóis, “Es lo que hay”, quando isto acontece. Temos assim que conviver com essa transformação cultural, senão ficamos para trás ou vem o sofrimento, que pode amedrontar as pessoas ou fazer com que comecemos a achar a vida uma bosta ou coisa parecida.
E a vida seguramente não é uma bosta. É boa demais, embora dê um tanto de trabalho e planejamento para ser bem vivida. E talvez este pudesse ser o melhor dos trabalhos que poderíamos executar sobre a face da Terra enquanto vivos.
Uma coisa é certa. O Homem só não conseguiu dominar a natureza e tudo indica que nunca irá conseguir. É verdade que a inteligência humana deu rápidos saltos para o progresso da vida humana. Um exemplo? Basta observar a velocidade da comunicação humana, que, mesmo muito rápida hoje se comparada apenas com a do início do século 20 ou do 19, pode ser usada para o bem ou para o mal. Depende então do livre arbítrio de cada um para usá-la. Mas, voltando a falar do domínio do Homem sobre a natureza, é óbvio que isto está fora de cogitação por parte do Universo que nos envolve. Quer dizer, isto não impede que muita gente acredite que será possível isto acontecer.
Das milhões de mudanças gerais, transformações que aconteceram recentemente pelo mundo e das que ainda continuam a acontecer, vamos olhar ligeiramente para o nosso País, no sentido das mudanças climáticas e fenômenos naturais que antes não ocorriam ou, se ocorriam, ninguém ficava sabendo.
Agora, por exemplo, estamos em pleno inverno, que, antes, era uma estação de chuvas permanentes e fracas, aqui e acolá por todo o país. De um frio maior especialmente em regiões altas ou nos Estados do sul. Não cabe aqui analisar se as mudanças foram gradativas ou abruptas. O fato é que hoje, nesse período de inverno, ouvimos todos os dias falar de tempestades violentas que destroem cidades e zonas rurais, tornados, até tornados que antes nunca sabíamos da ocorrência em solo brasileiro. Até então, voltando uns anos no tempo, dizia-se que o Brasil era um país abençoado até pela natureza, um país de clima tropical onde as chuvas mais fortes aconteciam lá pela floresta amazônica. Isoladamente, algumas chuvas pelo Rio de Janeiro ou noutras regiões, faziam encostas de morros deslizarem, causando mortes e destruição. Mas, certamente isso não era pelo clima, porém pelo desmatamento que o ser humano veio causando de norte a sul em nosso território.
Enfim, o Brasil era um “país abençoado por Deus”, o país tropical que na segunda metade do século 20 foi cantado por Wilson Simonal, que, os que ainda vivem, devem se lembrar. Se não lembram é porque tudo acontece rapidamente hoje e são montanhas de acontecimentos que invadem nossas casas diariamente.
Pois bem, esse País certamente não é mais o mesmo em termos de natureza. Até tremores de terra já ocorrem no nordeste, já são sentidos no centro de São Paulo e noutros lugares. Isto porque sempre ouvimos dizer que aqui nunca aconteceriam terremotos. Bem, vamos torcer que eles não venham mesmo.
Estas transformações de cunho natural não são privilégio do Brasil. Estão ocorrendo velozmente pelo mundo afora. E disto nossos senhores políticos não podem ser culpados até certo ponto. Até certo ponto sim e não se fala aqui dos atuais políticos somente, mas de todos, os passados e os presentes, que, nunca cultivaram umas rugas em suas prezadas faces, na produção e execução de medidas preventivas que elevassem a qualidade de vida de todos nós. Será que os do futuro estarão dispostos a cultivar rugas por causas semelhantes? Ou seja, trabalhar de verdade em troca das razões que os conduziram até seus postos?
Voltando às transformações da natureza, a coisa veio caminhando até agora, até noutro dia, quando começamos a perceber que o planeta está se sacudindo, talvez para tirar de cima de si uma cambada de parasitas, seres aparentemente sem cérebro, que nunca pararam para pensar que, num segundo, apenas num segundo, tudo pode acontecer de pior, tudo pode acabar. E que quem manda é a natureza, é o Universo, com seu único e pleno poder infinito. E quando assim concluímos, ficamos com a certeza de que este Homem, também criado pela Natureza, é um ser integrante dela, que pode ser bom na essência, mas que, na sua ambição de poder, de domínio, a suga sem dó nem piedade.
E, como não poderia deixar de ser, o resultado aí está. A poluição geral ambiental em ampla escala, espalhada pelo planeta. Em prol de um progresso intenso, sem medida, que já pode até ser questionado, brotam vazamentos de petróleo pelos mares, oceanos. Há muito já existem meios menos agressivos de se alcançar o progresso da humanidade. Os desmatamentos continuam pelas florestas e, quando se fala nisso, sempre se fala da nossa Amazônia tão cobiçada por muitos olhos estrangeiros pelo que conserva abaixo do seu solo. Isto sem mencionarmos o restante da merda que se faz e se espalha pelo mundo. A internet está aí e basta pesquisar nela própria, para se saber desses muitos horrores, em sites de confiança. Isto porque não dá para se confiar em emails que espalham anexos de terror pelo mundo.
Então, essa é a nossa vida hoje no planeta. A vida de todos os dias. Atual. Aquela que temos de encarar. Tenhamos nós um ano de vida, dez, vinte, cinqüenta, setenta ou cem. É fato que a vida humana está se prolongando. A ciência avançou para isso e talvez para que tenhamos de vivenciar por mais tempo todo esse processo negativo da vida. Sabemos também que há pessoas que não se ligam nisso e somente curtem o lado prazeroso do viver a vida. Bem, isto enquanto a vida humana ainda estiver suportável na face do planeta. Profeta do apocalipse? Não, isto quem viver mais para frente terá, não diria, o prazer de ver os acontecimentos que virão, se não houver um freio nisso tudo. Quem manda é a Natureza, nunca será demais pensar nisso, nem que seja por um minuto. O homem com sua inteligência, consegue ainda controlá-la em parte ou ainda calcular os prejuízos que ela nos causa em sua resposta mais do que justa. Afinal há a lei da física que diz: “a toda ação corresponde outra de mesma intensidade e em sentido contrário”. Por isso, todo cuidado é pouco com essas cusparadas que estamos dando no prato que comemos há séculos.
A montanha vai crescendo...
Noutro dia foi publicada uma notícia sobre recolhimento de lixo deixado por alpinistas lá no alto do monte Everest, na cordilheira do Himalaia. Esse lixo foi depositado a quase nove mil metros de altitude. Até então, sabíamos de gente que joga lata vazia de cerveja pela janela do carro, em plena rodovia ou em áreas urbanas, que joga papel no chão das ruas ou qualquer outra coisa, ou que tem a coragem e a clara falta de educação de poluir matas ou florestas com a sua “lixarada”.
Onde isto não acontece pelo planeta afora é porque ou existe um fiscal, um guarda até armado para proibir os abusos, ou porque o nível de educação da comunidade é mais elevado. Desde criancinha que as pessoas começaram a entender o que é cidadania.
Mas não vamos falar aqui do Brasil. Não agora, neste texto. Vamos para o alto do Everest. Lá sobem alpinistas do mundo inteiro, no seu intuito de atingir uma incrível meta. De colocar a bandeira do seu país lá no alto e seu nome nos anais desse esporte mundial.
E subindo, chegam lá certamente exaustos, pois não é moleza não alcançar quase nove quilômetros de altitude. È uma glória. Certamente é. Mas, coitado, cansados, eles começam a largar latas vazias de refrigerantes e de outras bebidas pelo chão da montanha. Largam restos de cordas e toda uma sorte de coisas das quais não vão precisar mais. A gente pode imaginar que, descer carregando um saco de lixo montanha abaixo, além das coisas que precisam, deve ser um sacrifício certamente. Mas, então, o que fazer? Ainda bem que não são milhões de alpinistas que se atrevem a escalar o Everest! Desse jeito, dos quase nove quilômetros de altitude, a montanha poderia crescer. E seria assim mais um “fenômeno” provocado pelo homem.
Na escalada ao Everest, segundo a notícia, o lixo vai sendo largado por todo o percurso que vai, claro, até o topo do monte. A sorte é que o gelo derreteu por conta do falado aquecimento do clima e voluntários do Tibet começaram a catar o lixo encontrado. Como lá é muito longe e muito alto, fica difícil contar a história em seus detalhes.
Onde isto não acontece pelo planeta afora é porque ou existe um fiscal, um guarda até armado para proibir os abusos, ou porque o nível de educação da comunidade é mais elevado. Desde criancinha que as pessoas começaram a entender o que é cidadania.
Mas não vamos falar aqui do Brasil. Não agora, neste texto. Vamos para o alto do Everest. Lá sobem alpinistas do mundo inteiro, no seu intuito de atingir uma incrível meta. De colocar a bandeira do seu país lá no alto e seu nome nos anais desse esporte mundial.
E subindo, chegam lá certamente exaustos, pois não é moleza não alcançar quase nove quilômetros de altitude. È uma glória. Certamente é. Mas, coitado, cansados, eles começam a largar latas vazias de refrigerantes e de outras bebidas pelo chão da montanha. Largam restos de cordas e toda uma sorte de coisas das quais não vão precisar mais. A gente pode imaginar que, descer carregando um saco de lixo montanha abaixo, além das coisas que precisam, deve ser um sacrifício certamente. Mas, então, o que fazer? Ainda bem que não são milhões de alpinistas que se atrevem a escalar o Everest! Desse jeito, dos quase nove quilômetros de altitude, a montanha poderia crescer. E seria assim mais um “fenômeno” provocado pelo homem.
Na escalada ao Everest, segundo a notícia, o lixo vai sendo largado por todo o percurso que vai, claro, até o topo do monte. A sorte é que o gelo derreteu por conta do falado aquecimento do clima e voluntários do Tibet começaram a catar o lixo encontrado. Como lá é muito longe e muito alto, fica difícil contar a história em seus detalhes.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Uma Copa globalizada ou Explicar o Quê?
Tantas fichas apostadas que se foram pelo ralo. De tanto amarelo, o Brasil amarelou. Voltou a seleção brasileira de futebol, quieta, calada, escondida pelos bastidores do Galeão e de Cumbica. Foi ainda aplaudida por uns e vaiada e xingada por outros. O técnico Dunga dançou, via Confederação Brasileira de Futebol – a CBF, mesmo com uma quase ligeira intenção de continuar à frente do futebol nacional para os próximos eventos internacionais. O Brasil que por muitos meses acreditou, acabou em choro. De nada adiantaram as mandingas positivas, as velas, as orações, a torcida ferrenha e passional do povo brasileiro. O desejo de alguns para a consecução de interesses. Depois da Holanda, a cerveja só serviu para o afogamento das mágoas e a tentativa de um esquecimento. Agora só resta esperar 2014, no Brasil, para o tão sonhado e desejado hexacampeonato mundial de futebol. Porém, que esse fervoroso patriotismo não tenha que esperar quatro anos para se manifestar novamente.
No meio da nuvem negra que se abateu sobre o Brasil, naquele início de tarde do dia 02 deste mês, um garotinho de Brasília, por volta dos seus 12 anos de idade, disse uma coisa correta, do alto de sua sabedoria infantil, durante uma ligeira entrevista a uma emissora de TV. Foi mais ou menos assim: “a seleção brasileira não pode ganhar sempre, um dia acontece de perder”.
Ora, isso mesmo. A cultura brasileira, secularmente passional em torno do futebol da terrinha, tem que aprender que, num dia, é chegada a hora de perder. Na verdade, aquele verso contido numa música criada por ocasião da primeira vitória do Brasil em Copa do Mundo, em 1958, disputada na Suécia, já ficou para trás no tempo e no espaço. Ela dizia logo de saída: “A Taça do Mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa...”.
E assim, parece que, com essa música, foi injetada na cultura popular, a idéia da invencibilidade do nosso futebol diante do resto do mundo. Era a primeira vez que um país sul americano levantava a taça da Copa do Mundo em solo europeu. Posteriormente, em 1970, com outra vitória do Brasil na Copa do México, que o fez tricampeão e dono definitivo da taça Jules Rimet, outra música – o “Pra Frente Brasil”, criada no auge da ditadura militar, servia como alento no emocional do povo brasileiro. Com isso, o tempo foi passando e parece que não prestamos muita atenção às várias transformações por que passou o mundo (quantas vezes ele girou em torno de si mesmo e do sol), bem como parece que não observamos bem as imensas mudanças sofridas também pelo próprio futebol brasileiro e o internacional. Em resumo, a famosa globalização chegou, em decorrência dos avanços tecnológicos da comunicação mundial e nem vamos aqui mencionar os efeitos velozes da utilização da internet nos últimos anos. Do mesmo modo que nós, brasileiros, absorvemos inúmeros hábitos, comportamentos, modismos, bons ou ruins, oriundos de outros países, esses obviamente também absorveram coisas até então mais comuns de se ver e observar na comunidade latina americana.
E com o futebol não foi diferente. Do instante em que vencemos a Copa do Mundo pela primeira vez, com o futebol “raça” e muito mais patriótico do que os mais recentes, nossa fama de “País do Futebol” circulou pelo planeta. E, a partir de então, quem apenas acompanhou o desenrolar dos fatos ligados a esse esporte, pode deduzir o que veio acontecendo de lá para cá. As pessoas que mais entendem desse esporte têm que admitir que nossos melhores jogadores, que foram surgindo, logo passaram aos times internacionais, da Europa e de outras partes do mundo, por conta de contratos milionários. E assim, também nossos grandes técnicos desse esporte, também não resistiram aos convites do exterior. Não podemos esquecer quantos de nossos times nacionais faliram ou quase, nesse meio tempo, bem como dificuldades financeiras por que passaram. Não fica, pois, muito difícil compreender a evasão de profissionais do esporte para fora do Brasil. Até os Estados Unidos e o Japão, países sem tradição de futebol, passaram a figurar nos jogos da Copa do Mundo. Nada de se estranhar. E o troca troca, e as transformações mundiais que já falamos e por que passamos? Talvez, por tudo isso, atualmente, com brasileiro já há quem possa.
Mas, alguém poderia perguntar, a culpa por perdermos esta Copa na África do Sul seria por conta disso? Não exatamente. Não somente por conta disso, desse troca troca inevitável via globalização. A perda da conquista de um hexacampeonato nesta Copa não seria apenas por conta disso. Obviamente, há muito mais coisa envolvida nos bastidores desse esporte, até porque os jogadores convocados por Dunga são tidos e reconhecidos entre os melhores do futebol mundial.
Todavia, no futebol mundial há também inúmeras figuras ilustres e famosas por suas técnicas e desempenho em campo. Mais uma vez, efeitos da globalização. Globalização essa que envolveu, envolve e envolverá por muito tempo, vaidades, políticas inimagináveis ao torcedor comum. Muitos euros e dólares rolaram junto com as bolas em campo. A possibilidade de que o antigo futebol “arte” do Brasil tenha dado lugar ao bom futebol do “quem paga mais” ou do “quem dá mais”, não fica assim tão impossível. A raça de se jogar e a luta que se via pela camisa do Brasil, nas primeiras vitórias que tivemos em Copas do Mundo, parecem ter caído por terra. Patriotismo (risos)? Bem, a gente gosta do Brasil, mas viver feito rei em Madri, Barcelona, Milão ou noutro lugar do mundo, perdão, Brasil, mas deve ser bem melhor. Principalmente para quem teve um início de vida duro, em comunidades carentes por esse Brasil afora. Do mesmo modo, deve ser complicado formar uma verdadeira equipe de futebol, unida e disposta a lutar, no caso pelo Brasil, com tantas coisas, que nem conseguimos imaginar, passando pelas cabeças desses ídolos, que, na verdade, já são ídolos de espanhóis, italianos, árabes e de outras variadas nacionalidades.
Com tudo isso, pode nos restar um pequeno, mas talvez grande consolo. Que no atual futebol de outros países, devem acontecer coisas semelhantes. Ah, se pudéssemos mergulhar de cabeça nos bastidores da FIFA – Federação Internacional de Futebol. Afinal, além do fator globalização, lidamos com seres humanos, que, na essência, tem reações semelhantes sejam aqui, ali ou acolá, resguardadas apenas algumas diferenças culturais.
No meio da nuvem negra que se abateu sobre o Brasil, naquele início de tarde do dia 02 deste mês, um garotinho de Brasília, por volta dos seus 12 anos de idade, disse uma coisa correta, do alto de sua sabedoria infantil, durante uma ligeira entrevista a uma emissora de TV. Foi mais ou menos assim: “a seleção brasileira não pode ganhar sempre, um dia acontece de perder”.
Ora, isso mesmo. A cultura brasileira, secularmente passional em torno do futebol da terrinha, tem que aprender que, num dia, é chegada a hora de perder. Na verdade, aquele verso contido numa música criada por ocasião da primeira vitória do Brasil em Copa do Mundo, em 1958, disputada na Suécia, já ficou para trás no tempo e no espaço. Ela dizia logo de saída: “A Taça do Mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa...”.
E assim, parece que, com essa música, foi injetada na cultura popular, a idéia da invencibilidade do nosso futebol diante do resto do mundo. Era a primeira vez que um país sul americano levantava a taça da Copa do Mundo em solo europeu. Posteriormente, em 1970, com outra vitória do Brasil na Copa do México, que o fez tricampeão e dono definitivo da taça Jules Rimet, outra música – o “Pra Frente Brasil”, criada no auge da ditadura militar, servia como alento no emocional do povo brasileiro. Com isso, o tempo foi passando e parece que não prestamos muita atenção às várias transformações por que passou o mundo (quantas vezes ele girou em torno de si mesmo e do sol), bem como parece que não observamos bem as imensas mudanças sofridas também pelo próprio futebol brasileiro e o internacional. Em resumo, a famosa globalização chegou, em decorrência dos avanços tecnológicos da comunicação mundial e nem vamos aqui mencionar os efeitos velozes da utilização da internet nos últimos anos. Do mesmo modo que nós, brasileiros, absorvemos inúmeros hábitos, comportamentos, modismos, bons ou ruins, oriundos de outros países, esses obviamente também absorveram coisas até então mais comuns de se ver e observar na comunidade latina americana.
E com o futebol não foi diferente. Do instante em que vencemos a Copa do Mundo pela primeira vez, com o futebol “raça” e muito mais patriótico do que os mais recentes, nossa fama de “País do Futebol” circulou pelo planeta. E, a partir de então, quem apenas acompanhou o desenrolar dos fatos ligados a esse esporte, pode deduzir o que veio acontecendo de lá para cá. As pessoas que mais entendem desse esporte têm que admitir que nossos melhores jogadores, que foram surgindo, logo passaram aos times internacionais, da Europa e de outras partes do mundo, por conta de contratos milionários. E assim, também nossos grandes técnicos desse esporte, também não resistiram aos convites do exterior. Não podemos esquecer quantos de nossos times nacionais faliram ou quase, nesse meio tempo, bem como dificuldades financeiras por que passaram. Não fica, pois, muito difícil compreender a evasão de profissionais do esporte para fora do Brasil. Até os Estados Unidos e o Japão, países sem tradição de futebol, passaram a figurar nos jogos da Copa do Mundo. Nada de se estranhar. E o troca troca, e as transformações mundiais que já falamos e por que passamos? Talvez, por tudo isso, atualmente, com brasileiro já há quem possa.
Mas, alguém poderia perguntar, a culpa por perdermos esta Copa na África do Sul seria por conta disso? Não exatamente. Não somente por conta disso, desse troca troca inevitável via globalização. A perda da conquista de um hexacampeonato nesta Copa não seria apenas por conta disso. Obviamente, há muito mais coisa envolvida nos bastidores desse esporte, até porque os jogadores convocados por Dunga são tidos e reconhecidos entre os melhores do futebol mundial.
Todavia, no futebol mundial há também inúmeras figuras ilustres e famosas por suas técnicas e desempenho em campo. Mais uma vez, efeitos da globalização. Globalização essa que envolveu, envolve e envolverá por muito tempo, vaidades, políticas inimagináveis ao torcedor comum. Muitos euros e dólares rolaram junto com as bolas em campo. A possibilidade de que o antigo futebol “arte” do Brasil tenha dado lugar ao bom futebol do “quem paga mais” ou do “quem dá mais”, não fica assim tão impossível. A raça de se jogar e a luta que se via pela camisa do Brasil, nas primeiras vitórias que tivemos em Copas do Mundo, parecem ter caído por terra. Patriotismo (risos)? Bem, a gente gosta do Brasil, mas viver feito rei em Madri, Barcelona, Milão ou noutro lugar do mundo, perdão, Brasil, mas deve ser bem melhor. Principalmente para quem teve um início de vida duro, em comunidades carentes por esse Brasil afora. Do mesmo modo, deve ser complicado formar uma verdadeira equipe de futebol, unida e disposta a lutar, no caso pelo Brasil, com tantas coisas, que nem conseguimos imaginar, passando pelas cabeças desses ídolos, que, na verdade, já são ídolos de espanhóis, italianos, árabes e de outras variadas nacionalidades.
Com tudo isso, pode nos restar um pequeno, mas talvez grande consolo. Que no atual futebol de outros países, devem acontecer coisas semelhantes. Ah, se pudéssemos mergulhar de cabeça nos bastidores da FIFA – Federação Internacional de Futebol. Afinal, além do fator globalização, lidamos com seres humanos, que, na essência, tem reações semelhantes sejam aqui, ali ou acolá, resguardadas apenas algumas diferenças culturais.
Mentes Sanas ou Insanas?
Alguns valores morais e éticos deste mundo, também parecem ter passado por grandes modificações. Compreensível? Alguns dirão, talvez.
Tempos atrás, norteando as atividades esportivas, havia uma frase em latim que dizia, "Mens sana in corpore sano". Ou seja, mais do que uma mente sadia em corpo sadio, a expressão latina queria traduzir muito mais coisas que podem resultar num comportamento humano digno e respeitoso.
Infelizmente, nesta Copa do Mundo, na África do Sul, muita gente pode ver in loco ou pela televisão, comportamentos estranhos de jogadores de futebol em campo, ou mesmo de pessoas ligadas ao esporte, que mais estavam para mentes insanas do que para a antiga expressão do latim. Quem prestou muita atenção ao desenrolar dos jogos, pode confirmar isto.
Tempos atrás, norteando as atividades esportivas, havia uma frase em latim que dizia, "Mens sana in corpore sano". Ou seja, mais do que uma mente sadia em corpo sadio, a expressão latina queria traduzir muito mais coisas que podem resultar num comportamento humano digno e respeitoso.
Infelizmente, nesta Copa do Mundo, na África do Sul, muita gente pode ver in loco ou pela televisão, comportamentos estranhos de jogadores de futebol em campo, ou mesmo de pessoas ligadas ao esporte, que mais estavam para mentes insanas do que para a antiga expressão do latim. Quem prestou muita atenção ao desenrolar dos jogos, pode confirmar isto.
sábado, 29 de maio de 2010
A democracia virtual dos internautas
Ler na internet, comentários das pessoas sobre os vários temas que rolam na rede, pode ser algo muito divertido e permite a observação do sempre saudável exercício de democracia. A opinião dos internautas nos fornece uma amostragem do que vai pelas cabeças, do que se pensa nesta época contemporânea. Praticamente ainda estamos no início do uso desse moderno meio de comunicação, especialmente no Brasil, onde o acesso ainda é restrito às pessoas que têm melhores condições financeiras para a utilização da rede mundial de computadores. E também pelas evidentes falhas das tecnologias já usadas para a navegação. Ou seja, ainda há por aí muitas zonas de “sombras” e tais sombras não se limitam somente as falhas tecnológicas.
No entanto, vamos deixar essas sombras de lado e vamos rir, concordar ou discordar dos comentários dos internautas na internet.
Pelos comentários a gente também pode constatar a grande transformação dos costumes e comportamentos por que passou a sociedade desde o advento da rede. Para os mais velhos, esta visão é evidente e imediata. E não se trata aqui de dizer que antes era melhor e que agora ficou pior. A verdade é que tudo mudou e mudou rapidamente. Há coisas que melhoraram e há coisas que pioraram, sem querer aqui pré-julgar ou julgar qualquer coisa. Afinal, quem está vivo, tenha a idade que tiver, está vivendo agora e tem que encarar tudo de frente. Se é bom ou se é ruim, isso é outra história.
O fato é que a internet é a grande enciclopédia moderna e dinâmica. Por intermédio dela, a gente pode saber, pesquisar, todo e qualquer assunto que se pode imaginar. Por ela, ficamos imediatamente a saber sobre qualquer fato, qualquer coisa que se diga, aqui por perto ou lá do outro lado do mundo. E, como todo mundo sabe, de modo veloz. Antes, quem caia na rede era peixe, agora cair na rede pode ser bom, mas pode ser também um “abacaxi”.
A internet pode ser usada para o bem e para o mal, aliás, como qualquer outra coisa neste mundo. E nos comentários feitos pelos internautas, podemos ver isso claramente. Pega-se qualquer assunto e logo vemos uma nova tendência que surge. A tendência do “botar a boca no trombone” virtualmente. Opiniões verbais, alto e bom som, são raramente audíveis em rodas de pessoas ou mesmo em círculo de amigos. Todavia, se surge assunto polêmico na rede, aí o povo coloca para fora todas as opiniões possíveis e muitas vezes inimagináveis. O que vai acontecer daqui a alguns anos, em futuro talvez breve, é impossível mesmo de se prever ou de se controlar.
Ao mesmo tempo em que isso ocorre pela rede, essa enxurrada de opiniões diversas sobre isso ou aquilo, podemos observar também algumas pequenas mudanças ou transformações por que vai passando a sociedade, de modo lento, gradual e quase sempre sutil. Uma delas é a própria transformação da linguagem. No caso do Brasil é a grande modificação da língua portuguesa, apesar dos esforços dos intelectuais e literatos, que, recentemente, introduziram uma nova mudança no idioma, suprimindo acentos, tremas, introduzindo novos modos de escrita dos verbetes, etc. Na rede e vamos aqui nos prender apenas aos sites de língua portuguesa, vemos um grande número erros de grafia de palavras do idioma pátrio. Agora, quando vamos ler os comentários de internautas, a incrível transformação do português está gritante. Há momentos em que não há outro jeito, a não ser rir bastante, pois o conteúdo já hilariante de certos comentários, associado aos erros de grafia, certamente nos conduzem a gargalhadas incontroláveis. Há pessoas que já começam a se perguntar o porquê tiveram que aprender a forma correta de falar e escrever a língua portuguesa.
Pesquisar este aspecto na internet pode nos dar a idéia do grau atual de conhecimento de muitos dos nossos irmãos de pátria. Leva-nos possivelmente a repensar ou pensar pelo menos em como anda o ensino no Brasil. Aumentou-se o número de escolas e de alunos? Mas, e a qualidade do ensino? Outra coisa também a se levar em conta é que pela internet vai surgindo devagar ou rapidamente (depende do ângulo que se olha), uma linguagem cifrada, abreviada, tipo o “não” é “naum”, “abraços” é “abs”, “cara” é “kra”, e por aí vai.
O fato é uma constatação. A constatação de uma transformação do mundo, da sociedade, etc. E não apenas porque as pessoas estão escrevendo ou falando de outro modo, ou porque não sabem se expressar de outro modo. Mas trata-se de uma constatação de que ocorre velozmente uma grande mudança no jeito de ser de uma época. E aí dirão alguns que estamos em pleno século 21. Claro, óbvio, todos estamos. E deixando de lado a questão da linguagem modificada, aviltada, transformada, ou de um semi-analfabetismo generalizado, vamos pensar somente nas mudanças dos valores. Nos comentários dos internautas há de tudo. Preconceitos acirrados sobre determinados assuntos, aberturas extremas para outros, falta de respeito, falta de educação, comentários sérios, respeitosos, enfim, acontece de tudo. E de tudo que acontece, a gente consegue ver uma coisa, principalmente quando os comentários se referem à atitude de alguém e quando esse alguém é pessoa notória ou pública.
Nesse caso, a opinião dos internautas acaba demonstrando que, apesar de tudo se transformar de época para época e que o foi ontem não é mais hoje, ainda persiste a mania do ser humano de gostar de saber da vida alheia e dar palpites nela, esquecendo-se da sua própria. Resumindo, enquanto se fofoca a vida dos outros, a nossa vai passando e muita coisa fica sem solução. E os países, obviamente formados por pessoas, acabam seguindo o mesmo caminho. E metem o bedelho nas questões alheias, esquecendo-se dos seus problemas internos, por mais simples que sejam nas velhas áreas da educação, do transporte, do trabalho e da saúde.
No entanto, vamos deixar essas sombras de lado e vamos rir, concordar ou discordar dos comentários dos internautas na internet.
Pelos comentários a gente também pode constatar a grande transformação dos costumes e comportamentos por que passou a sociedade desde o advento da rede. Para os mais velhos, esta visão é evidente e imediata. E não se trata aqui de dizer que antes era melhor e que agora ficou pior. A verdade é que tudo mudou e mudou rapidamente. Há coisas que melhoraram e há coisas que pioraram, sem querer aqui pré-julgar ou julgar qualquer coisa. Afinal, quem está vivo, tenha a idade que tiver, está vivendo agora e tem que encarar tudo de frente. Se é bom ou se é ruim, isso é outra história.
O fato é que a internet é a grande enciclopédia moderna e dinâmica. Por intermédio dela, a gente pode saber, pesquisar, todo e qualquer assunto que se pode imaginar. Por ela, ficamos imediatamente a saber sobre qualquer fato, qualquer coisa que se diga, aqui por perto ou lá do outro lado do mundo. E, como todo mundo sabe, de modo veloz. Antes, quem caia na rede era peixe, agora cair na rede pode ser bom, mas pode ser também um “abacaxi”.
A internet pode ser usada para o bem e para o mal, aliás, como qualquer outra coisa neste mundo. E nos comentários feitos pelos internautas, podemos ver isso claramente. Pega-se qualquer assunto e logo vemos uma nova tendência que surge. A tendência do “botar a boca no trombone” virtualmente. Opiniões verbais, alto e bom som, são raramente audíveis em rodas de pessoas ou mesmo em círculo de amigos. Todavia, se surge assunto polêmico na rede, aí o povo coloca para fora todas as opiniões possíveis e muitas vezes inimagináveis. O que vai acontecer daqui a alguns anos, em futuro talvez breve, é impossível mesmo de se prever ou de se controlar.
Ao mesmo tempo em que isso ocorre pela rede, essa enxurrada de opiniões diversas sobre isso ou aquilo, podemos observar também algumas pequenas mudanças ou transformações por que vai passando a sociedade, de modo lento, gradual e quase sempre sutil. Uma delas é a própria transformação da linguagem. No caso do Brasil é a grande modificação da língua portuguesa, apesar dos esforços dos intelectuais e literatos, que, recentemente, introduziram uma nova mudança no idioma, suprimindo acentos, tremas, introduzindo novos modos de escrita dos verbetes, etc. Na rede e vamos aqui nos prender apenas aos sites de língua portuguesa, vemos um grande número erros de grafia de palavras do idioma pátrio. Agora, quando vamos ler os comentários de internautas, a incrível transformação do português está gritante. Há momentos em que não há outro jeito, a não ser rir bastante, pois o conteúdo já hilariante de certos comentários, associado aos erros de grafia, certamente nos conduzem a gargalhadas incontroláveis. Há pessoas que já começam a se perguntar o porquê tiveram que aprender a forma correta de falar e escrever a língua portuguesa.
Pesquisar este aspecto na internet pode nos dar a idéia do grau atual de conhecimento de muitos dos nossos irmãos de pátria. Leva-nos possivelmente a repensar ou pensar pelo menos em como anda o ensino no Brasil. Aumentou-se o número de escolas e de alunos? Mas, e a qualidade do ensino? Outra coisa também a se levar em conta é que pela internet vai surgindo devagar ou rapidamente (depende do ângulo que se olha), uma linguagem cifrada, abreviada, tipo o “não” é “naum”, “abraços” é “abs”, “cara” é “kra”, e por aí vai.
O fato é uma constatação. A constatação de uma transformação do mundo, da sociedade, etc. E não apenas porque as pessoas estão escrevendo ou falando de outro modo, ou porque não sabem se expressar de outro modo. Mas trata-se de uma constatação de que ocorre velozmente uma grande mudança no jeito de ser de uma época. E aí dirão alguns que estamos em pleno século 21. Claro, óbvio, todos estamos. E deixando de lado a questão da linguagem modificada, aviltada, transformada, ou de um semi-analfabetismo generalizado, vamos pensar somente nas mudanças dos valores. Nos comentários dos internautas há de tudo. Preconceitos acirrados sobre determinados assuntos, aberturas extremas para outros, falta de respeito, falta de educação, comentários sérios, respeitosos, enfim, acontece de tudo. E de tudo que acontece, a gente consegue ver uma coisa, principalmente quando os comentários se referem à atitude de alguém e quando esse alguém é pessoa notória ou pública.
Nesse caso, a opinião dos internautas acaba demonstrando que, apesar de tudo se transformar de época para época e que o foi ontem não é mais hoje, ainda persiste a mania do ser humano de gostar de saber da vida alheia e dar palpites nela, esquecendo-se da sua própria. Resumindo, enquanto se fofoca a vida dos outros, a nossa vai passando e muita coisa fica sem solução. E os países, obviamente formados por pessoas, acabam seguindo o mesmo caminho. E metem o bedelho nas questões alheias, esquecendo-se dos seus problemas internos, por mais simples que sejam nas velhas áreas da educação, do transporte, do trabalho e da saúde.
sexta-feira, 2 de abril de 2010
MALHANDO OS "JUDAS"
Dia 02 de abril de 2010. Sexta feira santa ou da Paixão de Cristo. O dia hoje amanheceu cinzento em Brasília, com cara de “sexta feira santa” mesmo. Assim se costuma dizer quando um dia está calmo demais, com nuvens de chuva encobrindo o azul do céu, bem carregadas. Mas hoje, é mesmo o dia considerado santo, feriado, tudo fechado, os fiéis religiosos revivendo a via Sacra de Cristo, rezando, pedindo proteção, pagando promessas e crendo que, com muita fé, Deus e seu Filho irão olhar por nós, pobres pecadores nesta Terra. Um dia, sobretudo, de muita meditação e para quem quiser acreditar em extraordinários milagres divinos.
Esta sexta ficou mais calma ainda, para quem ficou, não foi a lugar nenhum, nem viajou, nem foi ao cinema ou almoçar numa praça de alimentação de shopping. Quem viajou, movimentou-se, aproveitou deste modo o feriado. Quem ficou em casa, aproveitou de outra forma, colocando em dia alguma coisa doméstica, batendo papo com a família e amigos ou até mesmo dormindo, quando não optou por ouvir música ou ver televisão.
Acontece que amanhã, sábado – o sábado de Aleluia, é como se as pessoas, especialmente aqueles religiosos citados, acordassem para a ressurreição da própria vida. Claro que tem muita gente que nem se toca com isso. Afinal, nesses tempos modernos, em que tanta coisa, tantos valores anteriores caíram por terra, um feriado, por esta ou aquela data, é apenas mais um feriadão e oportunidade para um bom descanso e diversão. E aqui, nada contra aos que procedem assim. Não significa que pessoas que se divertem, não tenham também suas crenças particulares ou mesmo as populares.
Ocorre que este texto não quer questionar nada disso. Obviamente, surgiu por algo, por algum fato. E, na calmaria desta santa sexta feira, surgiram lembranças de tradições cultuadas especialmente no sábado de Aleluia. A “Malhação do Judas”, o traidor de Cristo. Espanhóis e portugueses trouxeram para a América do Sul essa tradição. Daí, nas cidades brasileiras criou-se o costume da confecção de bonecos de pano, no tamanho de um homem, que representavam o Judas traidor. Só que, logo em seguida, o povo aproveitou para colocar nesses bonecos os nomes de pessoas que não estavam muito no agrado popular. Políticos, governantes, comerciantes ou até algum vizinho da região, do bairro, que tivesse causado algum transtorno geral nos meses anteriores.
A malhação do Judas sempre foi uma coisa divertida nas manhãs do sábado de Aleluia. Os bonecos amanheciam pendurados nos postes das ruas e por volta das 10 da manhã, as pessoas caiam literalmente de pau neles, numa espécie de libertação de seus recalques ou aborrecimentos contra aquela figura certamente não muito popular. E com isso, muitas vezes, a própria figura do Judas Iscariotes acabava no esquecimento.
Todavia, o tempo passou e com isso, principalmente nas grandes cidades, o ato de malhar o Judas foi se dissolvendo. Provavelmente, a maioria das crianças nascidas agora, nunca irão se divertir com essa manifestação que agradava a muitos e com certeza desagradava aos “malhados”. Aliás, malhado hoje tem outro sentido. São os que malham nas academias de ginástica e por fim acabam sarados.
Pensando bem, muita coisa aconteceu para o quase fim e esquecimento dessa tradição popular, que hoje não vemos ou ouvimos falar muito como antes. As cidades cresceram quase que incontrolavelmente. E mesmo assim, com os inúmeros postes de rua decorrentes do seu crescimento, com certeza faltariam esses para se dependurar a quantidade incontável de “Judas” atuais, os traíras dos tempos modernos, que proliferaram aos milhares, como se uma epidemia de mau caráter tivesse se espalhado geral.
Então, com a ausência dos bonecos de pano pelos postes, os jovens de hoje ficaram privados deste prazer particular, de pelo menos uma vez ao ano, terem a satisfação de assistir ou mesmo participar do festival de cacetadas nas figuras de certos traidores do meio social.
Contudo, apesar do quase final da era dos Judas pendurados em postes, ainda resta um ponta de esperança para que essa “malhação” não seja cada vez mais uma coisa de academias do culto ao corpo. Isto vai depender, mais uma vez, do processo educativo das populações, que seja realizado em alto nível, com a colocação de muita “luz” na cabeça das pessoas. Somente assim, malhar os diversos Judas será possível com um ato de inteligência e não troglodita como era feito até então. Vamos então aguardar a chegada de alguém que não tema a disseminação verdadeira da educação e da cultura no seio da massa populacional. A transferência de conhecimentos é igual à transfusão de sangue. Quanto mais se doa sangue, mais o sangue aumenta no corpo do cidadão. Com a educação não é diferente, mas ainda assusta a alguns, especialmente candidatos a Judas por aí afora, traidores que a seu modo irão dar em nós, a rasteira certa no momento oportuno.
Enquanto isto não acontece de verdade, vamos aguardar, pois, domingo será mais uma comemoração da Páscoa. E esta simboliza a renovação da própria vida. Quem sabe este domingo, dia 04 de abril, não marque o início de uma verdadeira renovação. Milagres podem acontecer. Nunca é demais manter a esperança, já que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Este ano é um ano importante para nós, brasileiros. Devemos renovar muita coisa por aí. Por isso, Feliz Páscoa e felizes escolhas daqui por diante, com “malhações” inteligentes, “doa a quem doer”. E essa foi um plágio evidente.
Esta sexta ficou mais calma ainda, para quem ficou, não foi a lugar nenhum, nem viajou, nem foi ao cinema ou almoçar numa praça de alimentação de shopping. Quem viajou, movimentou-se, aproveitou deste modo o feriado. Quem ficou em casa, aproveitou de outra forma, colocando em dia alguma coisa doméstica, batendo papo com a família e amigos ou até mesmo dormindo, quando não optou por ouvir música ou ver televisão.
Acontece que amanhã, sábado – o sábado de Aleluia, é como se as pessoas, especialmente aqueles religiosos citados, acordassem para a ressurreição da própria vida. Claro que tem muita gente que nem se toca com isso. Afinal, nesses tempos modernos, em que tanta coisa, tantos valores anteriores caíram por terra, um feriado, por esta ou aquela data, é apenas mais um feriadão e oportunidade para um bom descanso e diversão. E aqui, nada contra aos que procedem assim. Não significa que pessoas que se divertem, não tenham também suas crenças particulares ou mesmo as populares.
Ocorre que este texto não quer questionar nada disso. Obviamente, surgiu por algo, por algum fato. E, na calmaria desta santa sexta feira, surgiram lembranças de tradições cultuadas especialmente no sábado de Aleluia. A “Malhação do Judas”, o traidor de Cristo. Espanhóis e portugueses trouxeram para a América do Sul essa tradição. Daí, nas cidades brasileiras criou-se o costume da confecção de bonecos de pano, no tamanho de um homem, que representavam o Judas traidor. Só que, logo em seguida, o povo aproveitou para colocar nesses bonecos os nomes de pessoas que não estavam muito no agrado popular. Políticos, governantes, comerciantes ou até algum vizinho da região, do bairro, que tivesse causado algum transtorno geral nos meses anteriores.
A malhação do Judas sempre foi uma coisa divertida nas manhãs do sábado de Aleluia. Os bonecos amanheciam pendurados nos postes das ruas e por volta das 10 da manhã, as pessoas caiam literalmente de pau neles, numa espécie de libertação de seus recalques ou aborrecimentos contra aquela figura certamente não muito popular. E com isso, muitas vezes, a própria figura do Judas Iscariotes acabava no esquecimento.
Todavia, o tempo passou e com isso, principalmente nas grandes cidades, o ato de malhar o Judas foi se dissolvendo. Provavelmente, a maioria das crianças nascidas agora, nunca irão se divertir com essa manifestação que agradava a muitos e com certeza desagradava aos “malhados”. Aliás, malhado hoje tem outro sentido. São os que malham nas academias de ginástica e por fim acabam sarados.
Pensando bem, muita coisa aconteceu para o quase fim e esquecimento dessa tradição popular, que hoje não vemos ou ouvimos falar muito como antes. As cidades cresceram quase que incontrolavelmente. E mesmo assim, com os inúmeros postes de rua decorrentes do seu crescimento, com certeza faltariam esses para se dependurar a quantidade incontável de “Judas” atuais, os traíras dos tempos modernos, que proliferaram aos milhares, como se uma epidemia de mau caráter tivesse se espalhado geral.
Então, com a ausência dos bonecos de pano pelos postes, os jovens de hoje ficaram privados deste prazer particular, de pelo menos uma vez ao ano, terem a satisfação de assistir ou mesmo participar do festival de cacetadas nas figuras de certos traidores do meio social.
Contudo, apesar do quase final da era dos Judas pendurados em postes, ainda resta um ponta de esperança para que essa “malhação” não seja cada vez mais uma coisa de academias do culto ao corpo. Isto vai depender, mais uma vez, do processo educativo das populações, que seja realizado em alto nível, com a colocação de muita “luz” na cabeça das pessoas. Somente assim, malhar os diversos Judas será possível com um ato de inteligência e não troglodita como era feito até então. Vamos então aguardar a chegada de alguém que não tema a disseminação verdadeira da educação e da cultura no seio da massa populacional. A transferência de conhecimentos é igual à transfusão de sangue. Quanto mais se doa sangue, mais o sangue aumenta no corpo do cidadão. Com a educação não é diferente, mas ainda assusta a alguns, especialmente candidatos a Judas por aí afora, traidores que a seu modo irão dar em nós, a rasteira certa no momento oportuno.
Enquanto isto não acontece de verdade, vamos aguardar, pois, domingo será mais uma comemoração da Páscoa. E esta simboliza a renovação da própria vida. Quem sabe este domingo, dia 04 de abril, não marque o início de uma verdadeira renovação. Milagres podem acontecer. Nunca é demais manter a esperança, já que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Este ano é um ano importante para nós, brasileiros. Devemos renovar muita coisa por aí. Por isso, Feliz Páscoa e felizes escolhas daqui por diante, com “malhações” inteligentes, “doa a quem doer”. E essa foi um plágio evidente.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Contrastes de uma cueca
Sempre ouvimos dizer que o Brasil é um país dos grandes contrastes. E isso é uma verdade. No campo da raça humana, temos brancos, negros, amarelos, além da fusão disso tudo. Podemos dizer que em tudo existe uma imensa diversidade. Basta observarmos o clima das variadas regiões, as terras, a fauna e a flora.
O contraste é tão intenso que até o modo de se utilizar uma cueca, demonstra este rico país de situações diversas e diferentes. Assim, no campo dessa roupa íntima do vestuário masculino, podemos ver atualmente duas principais formas de seu uso. Ou seja, há muita gente que, para a sobrevivência ou para manter a vida num status mais elevado, deve tanto dinheiro aos credores, que podemos afirmar, são pessoas que devem as próprias cuecas. E parece que essas dívidas são muito antigas, já que a expressão também é muito velha. As inadimplências em geral e os Bancos estão aí mesmo para confirmar essas histórias. E ficar devendo até as cuecas não deve ser muito ruim. Pelo menos, ao ficar sem elas o cidadão tem certas partes do corpo menos apertadas e também mais arejadas.
Por outro lado, parece ter virado moda também no Brasil esse negócio de guardar dinheiro nas cuecas. Alguns políticos e empresários que assim foram flagrados, podem falar melhor sobre isso. Ou melhor, poderiam até mesmo dar umas aulas sobre o tema, para os demais, aqueles que acabam devendo peças tão importantes, que escondem outras peças tão importantes para o homem. É ou não é um país dos contrastes. Haja contrastes, ou melhor, dizendo, haja cuecas. Certamente uma indústria que jamais vai falir por aqui.
O contraste é tão intenso que até o modo de se utilizar uma cueca, demonstra este rico país de situações diversas e diferentes. Assim, no campo dessa roupa íntima do vestuário masculino, podemos ver atualmente duas principais formas de seu uso. Ou seja, há muita gente que, para a sobrevivência ou para manter a vida num status mais elevado, deve tanto dinheiro aos credores, que podemos afirmar, são pessoas que devem as próprias cuecas. E parece que essas dívidas são muito antigas, já que a expressão também é muito velha. As inadimplências em geral e os Bancos estão aí mesmo para confirmar essas histórias. E ficar devendo até as cuecas não deve ser muito ruim. Pelo menos, ao ficar sem elas o cidadão tem certas partes do corpo menos apertadas e também mais arejadas.
Por outro lado, parece ter virado moda também no Brasil esse negócio de guardar dinheiro nas cuecas. Alguns políticos e empresários que assim foram flagrados, podem falar melhor sobre isso. Ou melhor, poderiam até mesmo dar umas aulas sobre o tema, para os demais, aqueles que acabam devendo peças tão importantes, que escondem outras peças tão importantes para o homem. É ou não é um país dos contrastes. Haja contrastes, ou melhor, dizendo, haja cuecas. Certamente uma indústria que jamais vai falir por aqui.
quarta-feira, 10 de março de 2010
Educação Mumificada
TEXTO DEDICADO A TODOS OS BONS EDUCADORES QUE EXISTEM NO BRASIL
Poucos sabem e talvez muitos não saibam. A legislação brasileira ainda permite que candidatos a cargos eletivos participem incólumes de suas campanhas, mesmo que estejam rodeados de processos na Justiça. Dias atrás, uma emissora de rádio de Brasília lembrava mais uma vez o assunto. E, pior, mesmo que o candidato esteja mergulhado em inquéritos relativos a crimes mais graves, inclusive os de assassinato.
Há um projeto de lei rolando na Câmara Federal, para regular esta situação incrível, que vem sendo chamado de “projeto da ficha limpa”. Tudo indica que o mesmo ainda rolará por muito tempo, empurrado com a barriga de quem não tem o menor interesse em construir este País de forma sadia, mas que infelizmente está aí belo e faceiro ocupando cargos de poder. Cargos que, determinados por ancestrais da inusitada política nacional, oferecem muitos privilégios, dentre os quais se destaca a “grande proteção” da imunidade parlamentar.
Este ano, neste blog, foi postado apenas um texto no dia 1º de janeiro. “Essa vida de todos os dias” não deixou de ser observada por este espaço criado na internet. E a conclusão a que se chegou foi a de que nada mudou de verdade no que se refere em geral ao nosso comportamento do dia a dia por este Brasil afora. As mesmices de anos e anos se repetiram nesses 60 dias. Mesmices desagradáveis, que só fazem piorar a qualidade da vida humana, que passa tão depressa. E muitas dessas mesmices ligadas, sem dúvidas, a nossa falta de educação e à ausência de uma cultura de mais respeito ao cidadão brasileiro.
Assim, vimos repetidas de janeiro até agora as mesmas violências urbanas, que resultam em mortes estúpidas, os mesmos problemas da saúde, do transporte e outros do cotidiano. E assistimos todos os dias aos “shows” da cara de pau e das mentiras absurdas, que pretendem nos tornar idiotas, promovidos por muitos (isto para não radicalizar) de nossos políticos e governantes, eleitos pela maioria de nós. Nós, os sempre cidadãos “ordeiros” e “cordiais”, como costumam nos apelidar. Sim, porque isto já está mais para um apelido, uma tarja, um rótulo de um produto fabricado, do que para um elogio a um povo. Aí, só lembrando o José Simão, do Monkey News, com suas notáveis gozações sobre a cena brasileira. Talvez por isso sejamos levados a rir de todas essas desgraças, para não levá-las tão a sério e depois cairmos duros, mortos pelo infarto. De raiva.
Voltemos agora ao parágrafo inicial desta postagem, que é o seu tema básico de hoje. É lido, corrido e sabido, não sabemos se por poucos ou por muitos e neste último caso a coisa fica mais séria, que a lei no Brasil sempre oferece brechas para muitos safados se safarem de suas sujeiras praticadas e, lógico, quando pegos em flagras obtidos com os modernos meios tecnológicos de som e imagem. Embora as coisas estejam mudando sensivelmente, ou seja, algumas podridões já são detectadas e seus produtores já são indiciados e, em alguns casos, até presos (presos ???!!!), muita coisa ainda precisamos fazer por nós, a parcela do povo que trabalha, produz e paga os impostos exigidos pela mesma legislação que permite a esperteza de poderosos.
É engraçado perceber que tais pessoas, que infectam o solo brasileiro e atiram lama em nosso maior símbolo nacional, da Ordem e do Progresso, conseguem enrolar, adiar, empurrar adiante as suspeições de práticas de crimes contra o patrimônio público. Conseguem fazer isso, obviamente, com extrema dose de cara lisa, de “indignações” prontas, utilizando-se de “bons” e “famosos” advogados para eles, pagos regiamente (eles têm dinheiro para isso), embora para o restante da população tais defensores só fazem prestar um desserviço público.
Além dos terremotos que têm ocorrido pelo mundo todo neste início de ano e as chuvas torrenciais que têm feito a desgraça de muita gente brasileira neste verão, um fato está sacudindo o Brasil no momento atual. A prisão, ou melhor, a detenção, melhor dizendo, do governador do Distrito Federal, em fevereiro passado.
Mais uma entre milhares de coisas estranhas que acontecem no meio político do País. Se o senhor José Roberto Arruda recebeu ou não o dinheiro, em ato flagrado por um vídeo mostrado centenas de vezes pela televisão, isto só ele e Deus é que sabem. Com certeza jamais saberemos de fonte limpa. E com certeza ele jamais ficará preso por muitos anos. Tem sido assim sempre. Aos poderosos que lesam o patrimônio nacional, seja do modo que for, nunca se consegue acusar frontalmente e diretamente. São e por muito tempo serão tratados apenas como “suspeitos” dos fatos que emergem do lamaçal.
E, no meio dessa confusão e do circo armado, ficamos nós, os pagantes dos ingressos. Sim, porque nós pagamos e eles atuam. Alguns pagantes o fazem com revolta, mas muita gente parece pagar com satisfação, enaltecendo esses espetáculos. E a peça, que deveria mais ser censurada, não o é, especialmente quando uma parcela dos pagantes se diverte e até aplaude seus verdadeiros ídolos, que, geralmente retornam em uma próxima temporada.
A quantos espetáculos chatos como esses ainda teremos que assistir? Verdadeiros shows da vergonha, que se eternizam mais do que algumas maravilhosas peças de teatro que ficaram em cartaz por 30 ou 40 anos na Broadway em New York.
Resumindo a ópera nacional: temos muito a aprender para fortalecer a cultura brasileira com valores melhores de respeito ao cidadão, ao ser humano. Por enquanto a nossa educação ainda continua em baixa, talvez com alguns progressos a passos lentos devido ao esforço de pessoas entusiastas com o assunto. Faz tanto tempo essa situação que em pouco tempo a nossa educação vai ficar tão famosa quanto à múmia do faraó egípcio Tutankhamon. Mumificada e conhecida mundialmente.
Poucos sabem e talvez muitos não saibam. A legislação brasileira ainda permite que candidatos a cargos eletivos participem incólumes de suas campanhas, mesmo que estejam rodeados de processos na Justiça. Dias atrás, uma emissora de rádio de Brasília lembrava mais uma vez o assunto. E, pior, mesmo que o candidato esteja mergulhado em inquéritos relativos a crimes mais graves, inclusive os de assassinato.
Há um projeto de lei rolando na Câmara Federal, para regular esta situação incrível, que vem sendo chamado de “projeto da ficha limpa”. Tudo indica que o mesmo ainda rolará por muito tempo, empurrado com a barriga de quem não tem o menor interesse em construir este País de forma sadia, mas que infelizmente está aí belo e faceiro ocupando cargos de poder. Cargos que, determinados por ancestrais da inusitada política nacional, oferecem muitos privilégios, dentre os quais se destaca a “grande proteção” da imunidade parlamentar.
Este ano, neste blog, foi postado apenas um texto no dia 1º de janeiro. “Essa vida de todos os dias” não deixou de ser observada por este espaço criado na internet. E a conclusão a que se chegou foi a de que nada mudou de verdade no que se refere em geral ao nosso comportamento do dia a dia por este Brasil afora. As mesmices de anos e anos se repetiram nesses 60 dias. Mesmices desagradáveis, que só fazem piorar a qualidade da vida humana, que passa tão depressa. E muitas dessas mesmices ligadas, sem dúvidas, a nossa falta de educação e à ausência de uma cultura de mais respeito ao cidadão brasileiro.
Assim, vimos repetidas de janeiro até agora as mesmas violências urbanas, que resultam em mortes estúpidas, os mesmos problemas da saúde, do transporte e outros do cotidiano. E assistimos todos os dias aos “shows” da cara de pau e das mentiras absurdas, que pretendem nos tornar idiotas, promovidos por muitos (isto para não radicalizar) de nossos políticos e governantes, eleitos pela maioria de nós. Nós, os sempre cidadãos “ordeiros” e “cordiais”, como costumam nos apelidar. Sim, porque isto já está mais para um apelido, uma tarja, um rótulo de um produto fabricado, do que para um elogio a um povo. Aí, só lembrando o José Simão, do Monkey News, com suas notáveis gozações sobre a cena brasileira. Talvez por isso sejamos levados a rir de todas essas desgraças, para não levá-las tão a sério e depois cairmos duros, mortos pelo infarto. De raiva.
Voltemos agora ao parágrafo inicial desta postagem, que é o seu tema básico de hoje. É lido, corrido e sabido, não sabemos se por poucos ou por muitos e neste último caso a coisa fica mais séria, que a lei no Brasil sempre oferece brechas para muitos safados se safarem de suas sujeiras praticadas e, lógico, quando pegos em flagras obtidos com os modernos meios tecnológicos de som e imagem. Embora as coisas estejam mudando sensivelmente, ou seja, algumas podridões já são detectadas e seus produtores já são indiciados e, em alguns casos, até presos (presos ???!!!), muita coisa ainda precisamos fazer por nós, a parcela do povo que trabalha, produz e paga os impostos exigidos pela mesma legislação que permite a esperteza de poderosos.
É engraçado perceber que tais pessoas, que infectam o solo brasileiro e atiram lama em nosso maior símbolo nacional, da Ordem e do Progresso, conseguem enrolar, adiar, empurrar adiante as suspeições de práticas de crimes contra o patrimônio público. Conseguem fazer isso, obviamente, com extrema dose de cara lisa, de “indignações” prontas, utilizando-se de “bons” e “famosos” advogados para eles, pagos regiamente (eles têm dinheiro para isso), embora para o restante da população tais defensores só fazem prestar um desserviço público.
Além dos terremotos que têm ocorrido pelo mundo todo neste início de ano e as chuvas torrenciais que têm feito a desgraça de muita gente brasileira neste verão, um fato está sacudindo o Brasil no momento atual. A prisão, ou melhor, a detenção, melhor dizendo, do governador do Distrito Federal, em fevereiro passado.
Mais uma entre milhares de coisas estranhas que acontecem no meio político do País. Se o senhor José Roberto Arruda recebeu ou não o dinheiro, em ato flagrado por um vídeo mostrado centenas de vezes pela televisão, isto só ele e Deus é que sabem. Com certeza jamais saberemos de fonte limpa. E com certeza ele jamais ficará preso por muitos anos. Tem sido assim sempre. Aos poderosos que lesam o patrimônio nacional, seja do modo que for, nunca se consegue acusar frontalmente e diretamente. São e por muito tempo serão tratados apenas como “suspeitos” dos fatos que emergem do lamaçal.
E, no meio dessa confusão e do circo armado, ficamos nós, os pagantes dos ingressos. Sim, porque nós pagamos e eles atuam. Alguns pagantes o fazem com revolta, mas muita gente parece pagar com satisfação, enaltecendo esses espetáculos. E a peça, que deveria mais ser censurada, não o é, especialmente quando uma parcela dos pagantes se diverte e até aplaude seus verdadeiros ídolos, que, geralmente retornam em uma próxima temporada.
A quantos espetáculos chatos como esses ainda teremos que assistir? Verdadeiros shows da vergonha, que se eternizam mais do que algumas maravilhosas peças de teatro que ficaram em cartaz por 30 ou 40 anos na Broadway em New York.
Resumindo a ópera nacional: temos muito a aprender para fortalecer a cultura brasileira com valores melhores de respeito ao cidadão, ao ser humano. Por enquanto a nossa educação ainda continua em baixa, talvez com alguns progressos a passos lentos devido ao esforço de pessoas entusiastas com o assunto. Faz tanto tempo essa situação que em pouco tempo a nossa educação vai ficar tão famosa quanto à múmia do faraó egípcio Tutankhamon. Mumificada e conhecida mundialmente.
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
O Tempo de 2010
Hoje. 1º de janeiro de 2010. Estamos diante de um novo tempo. Um tempo que vem e que passa e, se bobearmos, não teremos avançado muito nele. Ou seja, estaremos do mesmo jeito como estamos agora, quando chegarmos ao limiar de 2011. Então, nesse caso, o de bobearmos em não aproveitar o novo tempo, teremos perdido o dito que não voltará nunca mais, como estes 2009 anos após Cristo jamais voltarão.
Porém, não adianta pensar muito nisto, pois tempo passado é tempo que se foi. Guardemos apenas as lembranças boas, felizes (ainda bem que essas sempre existem) e vamos em frente.
Como sempre acontece ao final de cada ano, milhares de mensagens maravilhosas de paz, amor e felicidades, foram escritas e faladas neste final de 2009. É quase certo que cada habitante do planeta disse para si mesmo, ao despontar este novo ano: “este ano não vai ser igual àquele que passou...” Ao seu modo, em cada idioma, isso foi mais ou menos pensado, dentro daquela capacidade inerente ao ser humano em se transformar para melhor. Mas que, ao mesmo tempo, custosa.
O ano novo sempre é esperado por muitos com ansiedade, como a época em que a vida será melhor, que a partir dali tudo será diferente e que a felicidade plena há de chegar. Mais ou menos como a promessa daquela pessoa que fuma há 20 ou 30 anos e que, de repente, sente-se impelida a deixar de fazê-lo a partir de um determinado ponto da vida. Aí, marca-se a hora e o dia.
Se lermos e relermos com atenção as mensagens de final de ano, observarmos o nosso desejo férreo de mudar para melhor, a gente também pode concluir como o nosso comportamento chega a ser engraçado e mesmo infantil, talvez por conta da influência do nosso querido Papai Noel. Muita gente espera o ano novo como se fosse um pacote que chegará pelo correio, numa bela embalagem com laços de fita, tudo impecável. E, dentro dele, um monte de felicidades, amor e alegrias que irão nos envolver por 365 dias. Pensando bem, seria fantasticamente maravilhoso se fosse mesmo assim.
Todavia, esse novo tempo de 365 dias sempre chega quieto, como silenciosamente chegam todos os dias de nossas vidas. O sol nasce e nos enche de luz, ou o sol não aparece e as nuvens tomam conta do espaço acima de nós, numa linguagem da mãe natureza a nos dizer que não temos mesmo o controle sobre tudo.
Então, já que o novo ano sempre chega quieto, nós é que fazemos barulho e movimento, gritamos, cantamos e batemos palmas, como se quiséssemos dizer ao novo tempo que chega: “agora você vai ver, seja bem vindo, mas nós vamos mudar tudo, vamos ter paz, felicidades, alegrias, saúde e tudo de bom”. Mas, o tempo, que a gente nunca consegue ver, porque ele passa muito depressa, parece dizer algo para nós. Algo que não conseguimos escutar, tamanha a barulheira no momento de sua passagem. Talvez ele nos quisesse dizer para termos muita força de vontade para mudar a face do planeta, ou talvez quisesse dizer naquele instante que, para isso se realizar, vai ser preciso muito amor, fé, caridade e esperança. E assim, envolvidos naquela ocasião de intensa alegria e confraternização, muitos de nós continuamos a esperar a abertura daquele pacote Feliz Ano Novo que acabou de chegar.
Fica então, aqui neste blog, mais uma mensagem de apenas quatro palavras, dentre as inúmeras que todos devem ter recebido de amigos ou visto pela mídia. Para você, em 2010, FÉ, AMOR, ESPERANÇA E CARIDADE. Estas quatro palavras foram retiradas de um livro muito especial, que nos fala sobre a finalidade de cada um de nós em cima da Terra. Não são palavras para serem praticadas em seu sentido mais superficial. E, a bem da verdade, são ações de muito difícil execução, porque exigem que acreditemos em algo muito acima de nós e que detém o controle final sobre tudo que orienta o Universo em que vivemos. Lendo o livro que mencionei, acredito que sejam os quatro ingredientes básicos que, adicionados a outros, podem transformar nossas vidas em algo muito melhor e, consequentemente, a vida do mundo inteiro. Tão bom seria que governantes e líderes mundiais praticassem de verdade essas simples quatro palavras. Por enquanto, utopia. Por enquanto, esses mesmos nos deixam acreditando e esperando por aquele “pacote” que vai chegar pelo correio e nos fazer felizes.
Deixemos isso pra lá. O que importa mesmo é cada um fazer a sua parte do melhor modo possível. Quanto àquelas quatro palavras, só nos resta descobrir o seu sentido mais profundo. Fé, amor, esperança e caridade. Que você seja feliz na sua transformação para melhor. Fique certo ou certa de que o planeta irá lhe agradecer. A maneira? Espere e verá. Esperança.
Um 2010 cheio de enormes realizações pessoais, espirituais e materiais. Somente cada um de nós pode ser capaz de conseguir isso. Por isso, felicidades na tarefa. Ah, e não espere pela abertura do pacote. Hoje, dia primeiro, já tiramos as fitas. Daqui a pouco ele começa a ser aberto. E não se surpreenda se, de dentro dele, começarem a sair Dilmas, Serras, cobras, lagartos e outros bichos.
Porém, não adianta pensar muito nisto, pois tempo passado é tempo que se foi. Guardemos apenas as lembranças boas, felizes (ainda bem que essas sempre existem) e vamos em frente.
Como sempre acontece ao final de cada ano, milhares de mensagens maravilhosas de paz, amor e felicidades, foram escritas e faladas neste final de 2009. É quase certo que cada habitante do planeta disse para si mesmo, ao despontar este novo ano: “este ano não vai ser igual àquele que passou...” Ao seu modo, em cada idioma, isso foi mais ou menos pensado, dentro daquela capacidade inerente ao ser humano em se transformar para melhor. Mas que, ao mesmo tempo, custosa.
O ano novo sempre é esperado por muitos com ansiedade, como a época em que a vida será melhor, que a partir dali tudo será diferente e que a felicidade plena há de chegar. Mais ou menos como a promessa daquela pessoa que fuma há 20 ou 30 anos e que, de repente, sente-se impelida a deixar de fazê-lo a partir de um determinado ponto da vida. Aí, marca-se a hora e o dia.
Se lermos e relermos com atenção as mensagens de final de ano, observarmos o nosso desejo férreo de mudar para melhor, a gente também pode concluir como o nosso comportamento chega a ser engraçado e mesmo infantil, talvez por conta da influência do nosso querido Papai Noel. Muita gente espera o ano novo como se fosse um pacote que chegará pelo correio, numa bela embalagem com laços de fita, tudo impecável. E, dentro dele, um monte de felicidades, amor e alegrias que irão nos envolver por 365 dias. Pensando bem, seria fantasticamente maravilhoso se fosse mesmo assim.
Todavia, esse novo tempo de 365 dias sempre chega quieto, como silenciosamente chegam todos os dias de nossas vidas. O sol nasce e nos enche de luz, ou o sol não aparece e as nuvens tomam conta do espaço acima de nós, numa linguagem da mãe natureza a nos dizer que não temos mesmo o controle sobre tudo.
Então, já que o novo ano sempre chega quieto, nós é que fazemos barulho e movimento, gritamos, cantamos e batemos palmas, como se quiséssemos dizer ao novo tempo que chega: “agora você vai ver, seja bem vindo, mas nós vamos mudar tudo, vamos ter paz, felicidades, alegrias, saúde e tudo de bom”. Mas, o tempo, que a gente nunca consegue ver, porque ele passa muito depressa, parece dizer algo para nós. Algo que não conseguimos escutar, tamanha a barulheira no momento de sua passagem. Talvez ele nos quisesse dizer para termos muita força de vontade para mudar a face do planeta, ou talvez quisesse dizer naquele instante que, para isso se realizar, vai ser preciso muito amor, fé, caridade e esperança. E assim, envolvidos naquela ocasião de intensa alegria e confraternização, muitos de nós continuamos a esperar a abertura daquele pacote Feliz Ano Novo que acabou de chegar.
Fica então, aqui neste blog, mais uma mensagem de apenas quatro palavras, dentre as inúmeras que todos devem ter recebido de amigos ou visto pela mídia. Para você, em 2010, FÉ, AMOR, ESPERANÇA E CARIDADE. Estas quatro palavras foram retiradas de um livro muito especial, que nos fala sobre a finalidade de cada um de nós em cima da Terra. Não são palavras para serem praticadas em seu sentido mais superficial. E, a bem da verdade, são ações de muito difícil execução, porque exigem que acreditemos em algo muito acima de nós e que detém o controle final sobre tudo que orienta o Universo em que vivemos. Lendo o livro que mencionei, acredito que sejam os quatro ingredientes básicos que, adicionados a outros, podem transformar nossas vidas em algo muito melhor e, consequentemente, a vida do mundo inteiro. Tão bom seria que governantes e líderes mundiais praticassem de verdade essas simples quatro palavras. Por enquanto, utopia. Por enquanto, esses mesmos nos deixam acreditando e esperando por aquele “pacote” que vai chegar pelo correio e nos fazer felizes.
Deixemos isso pra lá. O que importa mesmo é cada um fazer a sua parte do melhor modo possível. Quanto àquelas quatro palavras, só nos resta descobrir o seu sentido mais profundo. Fé, amor, esperança e caridade. Que você seja feliz na sua transformação para melhor. Fique certo ou certa de que o planeta irá lhe agradecer. A maneira? Espere e verá. Esperança.
Um 2010 cheio de enormes realizações pessoais, espirituais e materiais. Somente cada um de nós pode ser capaz de conseguir isso. Por isso, felicidades na tarefa. Ah, e não espere pela abertura do pacote. Hoje, dia primeiro, já tiramos as fitas. Daqui a pouco ele começa a ser aberto. E não se surpreenda se, de dentro dele, começarem a sair Dilmas, Serras, cobras, lagartos e outros bichos.
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