Praticamente há uma semana eu estou ouvindo e vendo na mídia essas matérias sobre os grampos telefônicos nas esferas dos poderes da República. Sinceramente, não agüento mais este assunto. Aliás, nem estou lendo, nem vendo mais nada que se relacione a isso, apesar de saber que, o ato de grampear os telefones, é um fato que fere a Constituição e o Estado Democrático. Todavia, todos sabemos que, a qualquer tempo, uma coisinha aqui ou outra ali também fere o direito do cidadão simples mortal, que paga seus impostos todos os anos e nem por isso a gritaria em torno dessa ferida dura tanto tempo. Ou melhor, a gritaria nem é ouvida.
Para falar a verdade, até onde eu sabia, esse negócio de grampo era coisa de mulher usar para prender os cabelos. Mas como tudo muda nessa vida...Agora os grampos arrepiam.
Seria bem melhor que a mídia pudesse divulgar insistentemente que as nossas estradas federais, estaduais e municipais foram todas restauradas e que agora a gente vai poder trafegar com bastante segurança por elas. Muito melhor seria ouvir e ler que a educação do nosso povo caminhou milhas para frente e que a cultura de massa se elevou para um nível melhor. Ou que as pessoas agora não precisam mais esperar horas ou até dias para serem atendidas num hospital público. Olha, seria melhor ouvir e ler tanta coisa melhor...
Mas, como há anos e anos, ouço que as coisas estão melhorando...Vamos então aguardar.
Enquanto a gente espera, esses grampeadores poderiam colocar os tais grampos nas portas dos hospitais, nas plataformas de trens de subúrbio nas cidades, nos ônibus interestaduais que trafegam por nossas rodovias e em outros lugares onde o povo sempre se junta. Talvez ficassem surpresos com os comentários que iriam ouvir. E com certeza, nem tudo seriam flores.
Um comentário:
Marcos! Adorei este comentário e os outros que li. Continue escrevendo, pois é o que tu gostas de fazer. Não desanime. Beijos. Lourdes
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