Este é para encerrar o primeiro semestre de 2008:
Ora, o Presidente Lula nega que o reajuste de 8 por cento, no valor do benefício do Programa Bolsa Família, não tem propósito eleitoreiro. Vamos acreditar, digamos assim, embora possamos questionar o porquê, o Governo Federal não tenha criado ou não crie meios de dar trabalho aos pobres beneficiários do referido programa. Nesta vida, a gente sempre consegue fazer o que quer, especialmente quando se tem amplos poderes nas mãos. A não ser quando existem mais coisas no céu que meros aviões de carreira. Por exemplo, não se consegue retornar com impostos extintos, como é o caso dessa tal de CSS – a contribuição social para a saúde? Os governos sempre acabam conseguindo o que querem executar, mesmo que a princípio, haja aquele blá blá blá contrário no Congresso Nacional, para aprovação.
Pois bem, quem somos nós então para contestar o tal programa Bolsa Família? Aliás, deixando essa tal bolsa de lado, essa história de comprar voto no Brasil é velha. As técnicas políticas eleitoreiras são de museu. É bom lembrar o velho método de se dar um pé da bota agora para o eleitor do campo e o outro pé somente quando a eleição estiver ganha. Essa história, ouvi várias vezes em minhas viagens pelo interior do Brasil. É como se fosse aquela coisa das escolas, pelo menos de tempos atrás, de se vender voto para a eleição das rainhas da primavera. As interessadas saiam correndo atrás de nós pelas ruas, para que comprássemos o seu voto e garantíssemos a sua eleição. Só que, anos passados, vi como há montanhas de rainhas e reis da primavera por aqui.
Mas, tudo bem. Afinal, o velho ditado diz que “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Todavia quero dizer, não concordo muito com isso não, pois, em assim sendo, a trolha só vai entrando. E como dói. Com propósito ou sem propósito de eleição, só gostaria de perguntar ao nosso Presidente, o porquê ele (e todos os anteriores) esquece (ram) dos infelizes aposentados do INSS? Todo ano, a mesma história. Um aumentinho ínfimo para os que recebem até aquela vultosa soma de um salário mínimo e praticamente nada para os que recebem acima disso. Seria porque esses infelizes já são considerados com o pé no caixão ou seria descaso, falta de respeito com quem já trabalhou muito? Ou seria porque até de “vagabundos” já foram chamados por quem vive no topo da cordilheira? Não gostaria de acreditar nesta última, porque se assim o fosse, o que poderíamos dizer desses beneficiários atuais desse insólito programa, que dá dinheiro a muitos que até dispensaram míseros trabalhos que tinham?
O dia a dia de todos nós. Os fatos que ocorrem. O exercício da cidadania. A qualidade das relações humanas. Educação, que gera respeito para que o cidadão exija seus direitos e cumpra seus deveres.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
terça-feira, 24 de junho de 2008
A felicidade de um reencontro
Como é bom o reencontro com pessoas com quem convivemos profundamente em nossa infância e adolescência. Não há dinheiro que pague a sensação de ser bem recebido, de ver a alegria estampada nos rostos dessas pessoas, de receber o carinho delas. A gente então tem a certeza de que apenas o tempo passou, mas aquele amor, aquela amizade, permanece como que eterna.
Hoje vivi o privilégio de passar por essa experiência. Em poucos minutos, talvez em duas horas, revivi o meu Rio de Janeiro de alguns anos atrás. Viajando no tempo, ao rever velhos amigos, dezenas de lembranças, de bons pedaços de vida passaram de novo pela minha mente. Bateu uma grande saudade dos bons vizinhos dos tempos em que todos nós íamos à escola e perseguíamos sonhos de um futuro que achávamos distante.
Nessas lembranças não passaram violências excessivas, abundância de drogas ou mesmo balas perdidas. Os play boys da época eram minoria e estavam muito longe daquela rua de subúrbio.
A vizinhança era solidária tanto na alegria como na tristeza. Todo mundo fazia questão de dizer bom dia e boa noite para todos. Daquele tempo, sobraram grandes amizades que duram até hoje, após quase cinqüenta anos. Era um tempo de pouca arrogância e com certeza de maior amabilidade. Mas, ainda bem que sempre houve muita esperança que nos fez prosseguir até agora.
Hoje vivi o privilégio de passar por essa experiência. Em poucos minutos, talvez em duas horas, revivi o meu Rio de Janeiro de alguns anos atrás. Viajando no tempo, ao rever velhos amigos, dezenas de lembranças, de bons pedaços de vida passaram de novo pela minha mente. Bateu uma grande saudade dos bons vizinhos dos tempos em que todos nós íamos à escola e perseguíamos sonhos de um futuro que achávamos distante.
Nessas lembranças não passaram violências excessivas, abundância de drogas ou mesmo balas perdidas. Os play boys da época eram minoria e estavam muito longe daquela rua de subúrbio.
A vizinhança era solidária tanto na alegria como na tristeza. Todo mundo fazia questão de dizer bom dia e boa noite para todos. Daquele tempo, sobraram grandes amizades que duram até hoje, após quase cinqüenta anos. Era um tempo de pouca arrogância e com certeza de maior amabilidade. Mas, ainda bem que sempre houve muita esperança que nos fez prosseguir até agora.
quarta-feira, 18 de junho de 2008
Nua e crua a vida incomoda
Nua e crua, a realidade da vida incomoda. Viver na fantasia, na ilusão é, obviamente, mais gostoso. De fato, há coisas que é melhor não se aprofundar. Até porque a vida está passando. Passa para todos do mesmo modo. O tempo não para mesmo. Segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, dia a dia. E a gente pode perder tempo com coisas insolúveis.
O nu e cru de algo, quando observado, dá mais trabalho se precisar de conserto. Por isso, ignorar a verdade pura de um fato, com certeza é bem melhor. Ou então, de cara com a verdade talvez isso possa explicar tanto consumo de drogas, tanto as ilícitas como as lícitas. Pelo menos um mínimo de cerveja para esquecer ou para colocar as idéias em rumos mais flutuantes.
Ora, porque estou falando dessas coisas? Porque a vida é muito legal e nós é que a complicamos. Na ilusão de que o ilusionismo é melhor, creio que deixamos passar mil oportunidades de fazer a vida coletiva mais amena para se viver. Todavia, julgamos sempre o contrário. Que, se estivermos bem, se tivermos nos dado bem em algo, aí está tudo ótimo. Só esquecemos um detalhe: que precisamos sair às ruas em paz com todos os demais. Queiramos ou não, precisamos dos outros. Alguém pode imaginar uma cidade sem garis ou varredores de ruas? Nápoles, na Itália, está mostrando isso para o mundo.
Para uma vida de fato boa, precisamos de todos os caminhos pela frente, livres de empecilhos. Ao falar dessas coisas, não posso deixar de lembrar o famoso jornalista, escritor e dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues, falecido em 1980. Nelson foi polêmico, incomodou grande parte da sociedade com seus textos teatrais. “A vida como ela é” foi uma de suas colunas mais lidas em um jornal de sua época. Ele escrevia a verdade nua e crua, mesmo com humor. Nelson incomodou por desmascarar a hipocrisia do comportamento social. Aquilo que geralmente fazemos, mas que, por conta dos dogmas sociais, religiosos e políticos, não temos coragem de assumir muitas vezes, com medo de perder alguma coisa. Mas que, no frigir dos ovos, perdemos um pouco de nossas vidas. E sem jeito de voltar no tempo.
O nu e cru de algo, quando observado, dá mais trabalho se precisar de conserto. Por isso, ignorar a verdade pura de um fato, com certeza é bem melhor. Ou então, de cara com a verdade talvez isso possa explicar tanto consumo de drogas, tanto as ilícitas como as lícitas. Pelo menos um mínimo de cerveja para esquecer ou para colocar as idéias em rumos mais flutuantes.
Ora, porque estou falando dessas coisas? Porque a vida é muito legal e nós é que a complicamos. Na ilusão de que o ilusionismo é melhor, creio que deixamos passar mil oportunidades de fazer a vida coletiva mais amena para se viver. Todavia, julgamos sempre o contrário. Que, se estivermos bem, se tivermos nos dado bem em algo, aí está tudo ótimo. Só esquecemos um detalhe: que precisamos sair às ruas em paz com todos os demais. Queiramos ou não, precisamos dos outros. Alguém pode imaginar uma cidade sem garis ou varredores de ruas? Nápoles, na Itália, está mostrando isso para o mundo.
Para uma vida de fato boa, precisamos de todos os caminhos pela frente, livres de empecilhos. Ao falar dessas coisas, não posso deixar de lembrar o famoso jornalista, escritor e dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues, falecido em 1980. Nelson foi polêmico, incomodou grande parte da sociedade com seus textos teatrais. “A vida como ela é” foi uma de suas colunas mais lidas em um jornal de sua época. Ele escrevia a verdade nua e crua, mesmo com humor. Nelson incomodou por desmascarar a hipocrisia do comportamento social. Aquilo que geralmente fazemos, mas que, por conta dos dogmas sociais, religiosos e políticos, não temos coragem de assumir muitas vezes, com medo de perder alguma coisa. Mas que, no frigir dos ovos, perdemos um pouco de nossas vidas. E sem jeito de voltar no tempo.
domingo, 15 de junho de 2008
Desvios...
Não quero ser chato, mas sou forçado a lembrar que, no Brasil, o roubo do dinheiro público não é chamado de roubo, mas sim de “desvio” de verbas. Ou seja, o sujeito, obviamente, não assalta os cofres públicos a mão armada e nem abre suas portas com explosivos. Há que se ter ardilezas e sutilezas. Muitas negociações. Muitas reuniões a portas fechadas. Geralmente há que existir pelo menos dois protagonistas. Uma autoridade pública e um empresário de um setor de interesse público. O dinheiro dá umas voltas e acaba desviado para os bolsos de muita gente. É uma festa. E isto parece estar acontecendo de norte a sul e de leste a oeste. O conceito de ladrão por aqui vai ficando cada vez mais confuso. Por causa da compra de laranjas.
Por outro lado, nunca se acusa esses personagens taxativamente de terem desviado verbas. Mesmo que haja evidências. Parece que o “politicamente” correto é dizer que há “indícios”. Talvez esse jeito faça parte da nossa moral e dos bons costumes. Desvio pra lá e pra cá, indícios em todas as direções e ao final o gato come o dinheiro. Sumiu! Só a Polícia Federal sabe onde encontrá-lo quando chega a ocasião.
Advogados tornam-se famosos por “solucionar” o insolúvel e “explicar” o inexplicável. E a gente toma vacina contra a febre amarela, a dengue contra-ataca e terremotos afetam nosso dia a dia junto com o aquecimento global.
Por outro lado, nunca se acusa esses personagens taxativamente de terem desviado verbas. Mesmo que haja evidências. Parece que o “politicamente” correto é dizer que há “indícios”. Talvez esse jeito faça parte da nossa moral e dos bons costumes. Desvio pra lá e pra cá, indícios em todas as direções e ao final o gato come o dinheiro. Sumiu! Só a Polícia Federal sabe onde encontrá-lo quando chega a ocasião.
Advogados tornam-se famosos por “solucionar” o insolúvel e “explicar” o inexplicável. E a gente toma vacina contra a febre amarela, a dengue contra-ataca e terremotos afetam nosso dia a dia junto com o aquecimento global.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Rosa para homens e azul pra quem quiser...
Por conta do Dia dos Namorados, uma senhora hoje na TV sugeria flores para cada um homenagear a sua cara metade. Orientando os amantes do dia, ela sugeria “cravo” para os homens, que, segundo ela, “são as flores mais apropriadas para esses”, e rosas para as mulheres.
Nesse ponto, quase entrei pela tela da televisão para dizer àquela senhora: para com isso, que cravo o cacete, que rosa! Quem disse que a natureza produziu esta ou aquela flor para homem ou para mulher! Se liga! Estamos em 2008 e vocês ainda ficam com esse negócio de que esta ou aquela cor, esta ou aquela flor é para homem ou para mulher! Para com isso!
PÔ! Em tempos que mulher dirige trator, corta cabelo de homem, trabalha como pedreiro em obra, pilota avião, que história é essa? Cadê os homens? Será que ainda são tão idiotas que acreditam que sensibilidade maior ou menor pela vida, pela natureza, afeta a sua masculinidade? Será que as mulheres são tão idiotas que ainda pensam que a masculinidade de um homem é proporcional ao tamanho do seu bigode, da barba ou até mesmo do seu pinto? Será que ninguém sabe o que é ser verdadeiramente um homem, com H bem grande? Sim, porque de homens hipocritamente estereotipados de homens machos o mundo já está cheio. Casados, não casados, fardados ou engravatados ou sem gravatas. Chega de tanta ignorância e de conceitos retrógrados. Mande rosas para um macho que ele não vai se sentir ofendido. Se ele ficar puto, você, moça, passa a observar mais o seu homem!
Nesse ponto, quase entrei pela tela da televisão para dizer àquela senhora: para com isso, que cravo o cacete, que rosa! Quem disse que a natureza produziu esta ou aquela flor para homem ou para mulher! Se liga! Estamos em 2008 e vocês ainda ficam com esse negócio de que esta ou aquela cor, esta ou aquela flor é para homem ou para mulher! Para com isso!
PÔ! Em tempos que mulher dirige trator, corta cabelo de homem, trabalha como pedreiro em obra, pilota avião, que história é essa? Cadê os homens? Será que ainda são tão idiotas que acreditam que sensibilidade maior ou menor pela vida, pela natureza, afeta a sua masculinidade? Será que as mulheres são tão idiotas que ainda pensam que a masculinidade de um homem é proporcional ao tamanho do seu bigode, da barba ou até mesmo do seu pinto? Será que ninguém sabe o que é ser verdadeiramente um homem, com H bem grande? Sim, porque de homens hipocritamente estereotipados de homens machos o mundo já está cheio. Casados, não casados, fardados ou engravatados ou sem gravatas. Chega de tanta ignorância e de conceitos retrógrados. Mande rosas para um macho que ele não vai se sentir ofendido. Se ele ficar puto, você, moça, passa a observar mais o seu homem!
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Quem não pode se sacode
Mas que cooooisa! Políticos e poderosos passam a maior parte do tempo discutindo, trocando acusações, analisando, investigando coisas que não serão concluídas nunca e muito menos descobertas em profundidade.
Um verdadeiro blá blá blá remunerado que visa apenas à manutenção do poder. Nesse meio tempo, a pilha de trabalhos vai só aumentando e já deve estar acima da estratosfera a essa altura do campeonato.
Assim tem sido nosso dia a dia nos últimos tempos. E bota tempo nisso.
Denúncias, fatos, desmentidos, provas, desvios disso ou daquilo, evidências, falta de vergonha e outros ingredientes chovem de provocar enxurradas. Um ingrediente mistura no outro e forma aquele bolo que envenena o povo, que ainda resiste, talvez, pelo fato de ser um povo heróico de um brado retumbante! Berra, berra e não consegue nada a não ser pagar mais impostos ou ficar endividado.
Enquanto tudo isso acontece, o principal vai ficando para trás. Falo dos serviços básicos que servem de referência para classificar o desenvolvimento de um povo. Desenvolvimento de grandes empresários e banqueiros é outra coisa. Povo é o mesmo que escadaria. Só serve para se chegar lá. De resto, vão ficando buracos e mais buracos, especialmente nas estradas do País!
Mas, infelizmente, o que dita as modas e o estado de coisas é sempre o dinheiro e o poder, daí, fica mais difícil nadar contra essa correnteza de lama imunda. Ou seja, quem pode, pode, que não pode se sacode, mesmo que seja por um poder ignorante.
Um verdadeiro blá blá blá remunerado que visa apenas à manutenção do poder. Nesse meio tempo, a pilha de trabalhos vai só aumentando e já deve estar acima da estratosfera a essa altura do campeonato.
Assim tem sido nosso dia a dia nos últimos tempos. E bota tempo nisso.
Denúncias, fatos, desmentidos, provas, desvios disso ou daquilo, evidências, falta de vergonha e outros ingredientes chovem de provocar enxurradas. Um ingrediente mistura no outro e forma aquele bolo que envenena o povo, que ainda resiste, talvez, pelo fato de ser um povo heróico de um brado retumbante! Berra, berra e não consegue nada a não ser pagar mais impostos ou ficar endividado.
Enquanto tudo isso acontece, o principal vai ficando para trás. Falo dos serviços básicos que servem de referência para classificar o desenvolvimento de um povo. Desenvolvimento de grandes empresários e banqueiros é outra coisa. Povo é o mesmo que escadaria. Só serve para se chegar lá. De resto, vão ficando buracos e mais buracos, especialmente nas estradas do País!
Mas, infelizmente, o que dita as modas e o estado de coisas é sempre o dinheiro e o poder, daí, fica mais difícil nadar contra essa correnteza de lama imunda. Ou seja, quem pode, pode, que não pode se sacode, mesmo que seja por um poder ignorante.
sábado, 7 de junho de 2008
DUM DUM pode ser a solução...
Será que temos solução no Brasil para acabar com tanta falta de educação e de vergonha? Gente, o noticiário não me deixa fantasiar, “viajar na maionese”! A gente está tropeçando na falta de educação geral, na corrupção, nos corruptos, nos safados, nos caras de pau! De norte a sul, de leste a oeste. Pior, a cara de pau é tanta que, ao final, muita gente ainda fica duvidando se tanta falta de vergonha existe. Há muitos crédulos nos discursos dos velhacos. Será que é a mídia com o seu poder, que produz tanta coisa ruim no País? Será “invencionice” no meio de todos os jogos de poder?
Bom, deixa pra lá porque até as coisas se organizarem num nível de qualidade de vida geral, todos nós, hoje de olhos arregalados, já estaremos, há muito, comendo capim pela raiz. Deixa quem quiser pensar que, se está montado num bonito carrão e tem um patrimônio legal, isso é que é viver bem. Então, vamos viver!
Olhando os fatos ao meu redor, só me vem à cabeça um anúncio que vi em Lisboa, da primeira vez que lá estive. Português de Portugal torna-se engraçado porque ele fala o óbvio, o objetivo com simplicidade e redundância. Estava escrito na lataria de um ônibus que passava: “Com DUM DUM é o fim”. Mais nada explicava o anúncio, a não ser a foto estampada de uma antiga bomba de espalhar inseticida no ar. Fiquei com isso na cabeça até hoje e são passados vinte anos. Quem sabe não precisamos de muito DUM DUM aqui no Brasil? Aquele anúncio me passou a forte idéia de que o inseticida tinha um poder incrível. Devia ser porreta.
Bom, deixa pra lá porque até as coisas se organizarem num nível de qualidade de vida geral, todos nós, hoje de olhos arregalados, já estaremos, há muito, comendo capim pela raiz. Deixa quem quiser pensar que, se está montado num bonito carrão e tem um patrimônio legal, isso é que é viver bem. Então, vamos viver!
Olhando os fatos ao meu redor, só me vem à cabeça um anúncio que vi em Lisboa, da primeira vez que lá estive. Português de Portugal torna-se engraçado porque ele fala o óbvio, o objetivo com simplicidade e redundância. Estava escrito na lataria de um ônibus que passava: “Com DUM DUM é o fim”. Mais nada explicava o anúncio, a não ser a foto estampada de uma antiga bomba de espalhar inseticida no ar. Fiquei com isso na cabeça até hoje e são passados vinte anos. Quem sabe não precisamos de muito DUM DUM aqui no Brasil? Aquele anúncio me passou a forte idéia de que o inseticida tinha um poder incrível. Devia ser porreta.
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Seriam os pedófilos comunistas enrustidos?
Esse absurdo de “gostar” de criancinhas, parece ser um fato mais comum no Brasil do que a gente possa imaginar. O que mais me intriga nisso tudo é que, às vezes, o sujeito denominado pedófilo é também pai de crianças ou já de adolescentes.
Anos atrás eu pensava que os “tarados” eram aqueles caras problemáticos de cabeça, sem grana para pagar uma mulher e ou largados de uma família. Mas não, para minha surpresa, há pedófilos de nível superior, bem empregados, podem ser originários até mesmo de famílias ditas boas e decentes. Podem ser empresários, homens públicos, podem ter grana ou não. Pior, a grana muitas vezes até favorece o pedófilo que “arranja” suas vitimas nesse terrível esquema que se formou no Brasil.
Uma doença, com certeza. Um horror a gente descobrir que muitos “machões” não têm a coragem de sair em busca de uma mulher adulta ou até atrás de outro homem adulto.
Será que existem mulheres que também praticam esse negócio absurdo? Porque até agora o noticiário só dá conta de pessoas do sexo masculino.
Paradoxalmente, essa história de desejar criancinhas parecia ser no passado político brasileiro, uma perigosa ação de comunistas. Assim corria a lenda nos tempos da ditadura militar, por exemplo. Nos tempos daquela União Soviética fechada e misteriosa, dizia-se por aqui que quem gostava de comer criancinhas eram os comunistas.
Anos atrás eu pensava que os “tarados” eram aqueles caras problemáticos de cabeça, sem grana para pagar uma mulher e ou largados de uma família. Mas não, para minha surpresa, há pedófilos de nível superior, bem empregados, podem ser originários até mesmo de famílias ditas boas e decentes. Podem ser empresários, homens públicos, podem ter grana ou não. Pior, a grana muitas vezes até favorece o pedófilo que “arranja” suas vitimas nesse terrível esquema que se formou no Brasil.
Uma doença, com certeza. Um horror a gente descobrir que muitos “machões” não têm a coragem de sair em busca de uma mulher adulta ou até atrás de outro homem adulto.
Será que existem mulheres que também praticam esse negócio absurdo? Porque até agora o noticiário só dá conta de pessoas do sexo masculino.
Paradoxalmente, essa história de desejar criancinhas parecia ser no passado político brasileiro, uma perigosa ação de comunistas. Assim corria a lenda nos tempos da ditadura militar, por exemplo. Nos tempos daquela União Soviética fechada e misteriosa, dizia-se por aqui que quem gostava de comer criancinhas eram os comunistas.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Um ato milenar, igual e único
Quem quiser pode contestar, mas o fato é que, a única coisa que praticamente nos iguala neste mundo, é o ato de fazer cocô. Falo do ato e não do local para o procedimento, pois este obviamente é de acordo com o dono da situação. As diferenças no mundo são imensas, todavia o ato de defecar é único e milenar. O vaso sanitário pode ser de ouro, de louça, de inox ou de qualquer outro material nobre. Pode estar rodeado de “porcelanatos”, pode não existir, uma simples moita em qualquer lugar pode substituir o tão sanitário receptáculo. Mas, o cocô é um só, saia ele do rico, do pobre, do mendigo ou da celebridade, pois se alguém não o faz é porque está morto.
Esta reflexão é meio estranha, porém se faz necessária de vez em quando porque ninguém neste mundo, mas ninguém mesmo está livre de uma caganeira, nem que seja uma só vez na vida. Portanto, olho vivo nas cagadas.
Esta reflexão é meio estranha, porém se faz necessária de vez em quando porque ninguém neste mundo, mas ninguém mesmo está livre de uma caganeira, nem que seja uma só vez na vida. Portanto, olho vivo nas cagadas.
terça-feira, 3 de junho de 2008
"O Meu é Maior do que o Seu"...
Embora qualquer um que tenha os miolos no lugar certo, já houvesse observado o que ocorre na prática, finalmente, especialistas de diversos setores estão afirmando pela mídia que, em geral, os motoristas brasileiros “não têm educação”. Até que enfim a constatação sem meias palavras. Sem aquele jeitinho brasileiro de acobertar certas coisas para não ficar mal na fita.
Acontece que, essa falta de educação é tudo. Vai da ausência da educação de base, da falta de noção dos efeitos da física, da matemática, da própria direção, etc., até a total falta de respeito às regras estabelecidas pela sociedade. Passa também pela prepotência, pela arrogância de alguns, de que as regras são para os babacas cumprirem. Esses são sempre os “bons”, os que tudo podem, são os que têm o “carro mais bonito e mais potente”. Diga-se de passagem, que a tal da potência muitas vezes está só no motor do carro, que, na verdade, pode ser mesmo bonitão, com aquela lataria polida e reluzente.
Certo é que as cidades estão inchando de automóveis, de fumaça, de ruas esburacadas e de gente sem educação e respeito ao trânsito. Todo mundo estressado, querendo chegar meio metro à frente do outro. Nem vou falar da revoada daquelas motos intoleráveis, que passam levando os espelhos dos carros e amassando a porta dos mesmos. A impressão que se tem é que uma minoria respeita às regras e aos outros nas ruas, embora corra sério risco de ser esmagada literalmente em breve. Não demora muito. Tudo indica que está “tudo dominado” mesmo, com as cachorras e tudo. A coisa chega a ser imbecil.
Acontece que, essa falta de educação é tudo. Vai da ausência da educação de base, da falta de noção dos efeitos da física, da matemática, da própria direção, etc., até a total falta de respeito às regras estabelecidas pela sociedade. Passa também pela prepotência, pela arrogância de alguns, de que as regras são para os babacas cumprirem. Esses são sempre os “bons”, os que tudo podem, são os que têm o “carro mais bonito e mais potente”. Diga-se de passagem, que a tal da potência muitas vezes está só no motor do carro, que, na verdade, pode ser mesmo bonitão, com aquela lataria polida e reluzente.
Certo é que as cidades estão inchando de automóveis, de fumaça, de ruas esburacadas e de gente sem educação e respeito ao trânsito. Todo mundo estressado, querendo chegar meio metro à frente do outro. Nem vou falar da revoada daquelas motos intoleráveis, que passam levando os espelhos dos carros e amassando a porta dos mesmos. A impressão que se tem é que uma minoria respeita às regras e aos outros nas ruas, embora corra sério risco de ser esmagada literalmente em breve. Não demora muito. Tudo indica que está “tudo dominado” mesmo, com as cachorras e tudo. A coisa chega a ser imbecil.
domingo, 1 de junho de 2008
Certas coisas me deixavam p. da vida
Meu pai dizia certas coisas que me deixavam puto da vida. E ele acrescentava: “um dia vocês vão entender o que estou dizendo... um dia todo mundo acaba entendendo”...
Passados muitos anos, vi que ele tinha razão na maioria das coisas que falava sobre a vida. Sou feliz porque a “ficha” caiu legal e compreendi. A vida ensina e como ensina, na medida em que a gente cai no grande caldeirão! Somos inevitavelmente cozidos, assados, ensopados, ou pelo menos saímos chamuscados. Infelizmente há muita gente que chega aos oitenta, noventa, e a ficha não cai.
Amanheci pensando nisso, pois lembrei que estamos iniciando junho, mês dos Namorados. Namorados que são filhos, que têm ou tiveram pais e que serão pais também mais cedo ou mais tarde. Aliás, a vida é mais gostosa quando se namora. Pena que não dá tempo para se namorar eternamente.
Em geral, como filhos, quase nunca estamos satisfeitos integralmente com o pai ou com a mãe que temos ou tivemos, apesar daquela festividade toda nas datas determinadas para homenagear pais e mães. Como pais, sempre achamos que fizemos o melhor pelos filhos.
Hoje é muito comum filhos, com mais de trinta anos de idade, serem sustentados pelos pais que assim o podem fazer. Alguns não podem, mas até se endividam para ajudar. O envolvimento de pais e filhos, a participação geral nos problemas da família é coisa do passado. Problemas? Já chegam os diários, que aparecem sem ninguém pedir, dizem. A ordem geral dos dias atuais é só gozar, é só alegria. Quem quiser que arranque seus cabelos, até aqueles das partes mais baixas. Coisas da vida ou... que coooisa!
Passados muitos anos, vi que ele tinha razão na maioria das coisas que falava sobre a vida. Sou feliz porque a “ficha” caiu legal e compreendi. A vida ensina e como ensina, na medida em que a gente cai no grande caldeirão! Somos inevitavelmente cozidos, assados, ensopados, ou pelo menos saímos chamuscados. Infelizmente há muita gente que chega aos oitenta, noventa, e a ficha não cai.
Amanheci pensando nisso, pois lembrei que estamos iniciando junho, mês dos Namorados. Namorados que são filhos, que têm ou tiveram pais e que serão pais também mais cedo ou mais tarde. Aliás, a vida é mais gostosa quando se namora. Pena que não dá tempo para se namorar eternamente.
Em geral, como filhos, quase nunca estamos satisfeitos integralmente com o pai ou com a mãe que temos ou tivemos, apesar daquela festividade toda nas datas determinadas para homenagear pais e mães. Como pais, sempre achamos que fizemos o melhor pelos filhos.
Hoje é muito comum filhos, com mais de trinta anos de idade, serem sustentados pelos pais que assim o podem fazer. Alguns não podem, mas até se endividam para ajudar. O envolvimento de pais e filhos, a participação geral nos problemas da família é coisa do passado. Problemas? Já chegam os diários, que aparecem sem ninguém pedir, dizem. A ordem geral dos dias atuais é só gozar, é só alegria. Quem quiser que arranque seus cabelos, até aqueles das partes mais baixas. Coisas da vida ou... que coooisa!
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