segunda-feira, 30 de junho de 2008

Reis, rainhas e votos

Este é para encerrar o primeiro semestre de 2008:


Ora, o Presidente Lula nega que o reajuste de 8 por cento, no valor do benefício do Programa Bolsa Família, não tem propósito eleitoreiro. Vamos acreditar, digamos assim, embora possamos questionar o porquê, o Governo Federal não tenha criado ou não crie meios de dar trabalho aos pobres beneficiários do referido programa. Nesta vida, a gente sempre consegue fazer o que quer, especialmente quando se tem amplos poderes nas mãos. A não ser quando existem mais coisas no céu que meros aviões de carreira. Por exemplo, não se consegue retornar com impostos extintos, como é o caso dessa tal de CSS – a contribuição social para a saúde? Os governos sempre acabam conseguindo o que querem executar, mesmo que a princípio, haja aquele blá blá blá contrário no Congresso Nacional, para aprovação.
Pois bem, quem somos nós então para contestar o tal programa Bolsa Família? Aliás, deixando essa tal bolsa de lado, essa história de comprar voto no Brasil é velha. As técnicas políticas eleitoreiras são de museu. É bom lembrar o velho método de se dar um pé da bota agora para o eleitor do campo e o outro pé somente quando a eleição estiver ganha. Essa história, ouvi várias vezes em minhas viagens pelo interior do Brasil. É como se fosse aquela coisa das escolas, pelo menos de tempos atrás, de se vender voto para a eleição das rainhas da primavera. As interessadas saiam correndo atrás de nós pelas ruas, para que comprássemos o seu voto e garantíssemos a sua eleição. Só que, anos passados, vi como há montanhas de rainhas e reis da primavera por aqui.
Mas, tudo bem. Afinal, o velho ditado diz que “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. Todavia quero dizer, não concordo muito com isso não, pois, em assim sendo, a trolha só vai entrando. E como dói. Com propósito ou sem propósito de eleição, só gostaria de perguntar ao nosso Presidente, o porquê ele (e todos os anteriores) esquece (ram) dos infelizes aposentados do INSS? Todo ano, a mesma história. Um aumentinho ínfimo para os que recebem até aquela vultosa soma de um salário mínimo e praticamente nada para os que recebem acima disso. Seria porque esses infelizes já são considerados com o pé no caixão ou seria descaso, falta de respeito com quem já trabalhou muito? Ou seria porque até de “vagabundos” já foram chamados por quem vive no topo da cordilheira? Não gostaria de acreditar nesta última, porque se assim o fosse, o que poderíamos dizer desses beneficiários atuais desse insólito programa, que dá dinheiro a muitos que até dispensaram míseros trabalhos que tinham?

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